Antes de Salomé lhe ter tricotado o pescoço, João Baptista
(como relembra o evangelho de hoje) levava um cinto de cabedal à volta dos
rins. João Baptista é (talvez) o maior exemplo da literatura do amor ao (e da
concentração no) essencial. É um exemplo fodido para qualquer aprendiz de
imitação de Cristo (e mesmo para qualquer aprendiz do que quer que seja) mas,
diga-se, sem o acessório o que seria de nós? Até Jesus precisou duma cruz, e do
pão, e do vinho.
Nas relações humanas
é igual, se cingirmos muito os rins um dia qualquer alguém nos põe a cabeça - com
ou sem apêndices - numa travessa, ou os tomates de molho; que São João Baptista
me perdoe.
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