Por regra-se retira-se mais prazer do perdão do que da
acusação. No entanto, a acusação mostra-se mais redentora nos chamados pequenos detalhes da vida. Talvez seja
porque por detrás de uma acusação há sempre um perdão, o que nos levaria à
omnipresença do perdão, algo que a nossa psique também não pode admitir
naquelas suas leis de autossuficiência.
Por outro lado, se somos imperfeitos isso nota-se mais a
perdoar do que a acusar, algo estranho a não ser na tal ótica de que a
perfeição da acusação deriva da presença implícita dum perdão.
Doravante, nunca mais perdoarei, pois posso estar apenas a
servir de apoio a uma qualquer acusação.
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