*
O amor não nos explica. E
nada basta,
nada é de natureza assim
tão casta
que não macule ou perca
sua essência
ao contato furioso da
existência.
Nem existir é mais que um
exercício
de pesquisar de vida um
vago indício,
a provar a nós mesmos que,
vivendo,
estamos para doer, estamos
doendo.
Carlos Drummond de Andrade
in A Máquina do Mundo
*
6 comentários:
Que oração de vida magnífica e abrangente esta do C.D.de Andrade. Voltando às questões práticas e comezinhas do quotidiano, um mês e meio de férias não é demais?
doendo, doendo só a sua ausência.
Presente! :)
ah! assim está melhor. :)
Meu querido, haja uma Maria, abençoada, que te ressuscite os dedinhos para as teclas!
Um cabaz de beijos...
e a minha querida blanche ressuscitou também :)
Enviar um comentário