O meu trabalho é amar-te
escondido na minha oficina
fria, sombria,
cheia de ferramentas inúteis,
incapazes de te trazer até mim.
Trabalho tão ruim
que me levas os dedos e os anéis,
deixando-me insolvente e derrotado,
a constatar ser apenas passado,
medalha, palha.
Refrão do Fado do Explorado de Amor da autoria de Custódia
Passos e imortalizado na voz de Lúcia Camomila.
2 comentários:
Os meus dados estão lançados
No pano verde da vida
Joguei à sorte por ti
Nos meus olhos sombreados
A tristeza desmedida
Quando ao jogar te perdi
As horas eram os dados
A rolarem tristemente
Por sobre a mesa do jogo
Dei de mão números errados
Como um pagão insolente
A redimir-se do fogo
Lancei-me em nova parada
Arrisquei no pano verde
Tudo o que tinha de meu
Joguei e fiquei sem nada
Como um mendigo que perde
A esmola que alguém lhe deu
Não volto a tentar a sorte
Por entre os dados lancei-me
Num jogo p’ra te prender
A perda fez-me mais forte
Ou então resignei-me
À sorte de te perder
Fado «O tudo e o nada». Letra Jorge Fernando, música José Manuel David, cantado por Fábia Rebordão
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