gêdois

Amo-te Dilma. Aqueles tempos com a Ângela foram um engano. Estou aqui, vês, voltei para ti. Prefiro de longe uma tropicobunda amazónica a uma eurobonda do reno. Fui atrás duma quimera empapelada e esqueci o oiro que tu já me tinhas peneirado. O trópico não faz exigências, nem põe austeridades na conta-corrente, não trocarei jamais uma boa inflação por qualquer promessa de eficiência. Estou reconvertido ao ónibus, reneguei o bus, podes vir confirmar, e ficamos só nós dois, tu e eu, no banco de trás, dizendo mal das traseiras duras dos volkswagens. Tu sabes o quanto eu sempre te achei charmosa, com ela foi apenas uma ilusão de óptica, dioptrifiquei num momento de fraqueza. Não lhes emprestes a eles, não, guarda-o todo só para mim, não te arrependerás se deixares que eu afague os teus reais, vais ver, e ela acabará por sucumbir de ciúmes quando nos vir juntos e a elogiar os teus dentinhos sexy com que um dia trincarás toda a bordinha da velha e gasta europa. Amo-te Dilma, e hoje eu sei que nunca deixei de te amar.

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