O dicionário não ilustrado ( 1289 a 1306) apresenta hoje em primeira mão e exclusivo a definitiva Escala de Farmer. A Escala de Farmer é uma espécie de meta-escala de mohs, e quantifica o nível de desgaste que se pode infringir a almas duras mas no fundo muito sensíveis. Foi criada em 1858 por uma hipnotizadora alemã de seu nome Johanna Farmer, quando esta por acaso se enganou e deixou a avó hipnotizada enquanto fervia o leite. Foi condenada a trabalhos forçados durante 35 anos, cumpridos a dactilografar receitas de caranguejo na grelha.
Nível (1) ‘Insinuar’ – Trata-se dum desgaste muito simples que pode ser perfeitamente antidotado com um vulgar ‘vai ver se chove’.
Nível (2) ‘Maçar’ – Este segundo nível apresenta já alguma consistência, mas é ainda facilmente rechaçado com uma série de humm’s, ou mesmo aplicando um ar de enjoo, com ou sem franzidela de nariz
Nível (3) ‘Confundir’ – É um nível intermédio, geralmente o desgaste dá-se pela via d’«o que é que este gajo quer dizer com isto», e frequentemente é resolvido com um clássico «não tens mais nada com que te ocupar?», mas já foram registados casos em que foi preciso aplicar um seco «não tenho tempo para disparates sem sentido».
Nível (4) ‘Picar’ – É um dos valores da escala mais críticos. Mesmo sem uma carga afectiva ou ética explícita, os níveis de ironia podem apresentar-se elevados e provocam imprevisíveis danos na alma dura mas sensível. O trabalho de protecção mais bem sucedido desenvolve-se com indicações de que ‘o risco está a ser pisado’ e de que para lá do risco pode ser o deserto em patins.
Nível (5) ‘Criticar’ – Entramos nos níveis mais agressivos da escala. Neste, o ataque começa a fazer uso de pressupostos peri-moralizantes e, muitas vezes, de enquadramentos culturais ou astrológicos. A resistência a este tipo de desgaste já tem de se socorrer de baterias de técnicas de amuo ou birra, mesmo que ainda camufladas de hermetismo ou mistério.
Nível (6) ‘Massacrar’ – Trata-se dum nível de desgaste muito acentuado. Todas as medidas de protecção têm de começar a ser activadas, e a ameaça de evacuação deve ser inequivocamente explicitada. Devem ser evitadas as metáforas e o uso da frase seca e curta é essencial. O monossílabo é mesmo aconselhado.
Nível (7) ‘Recriminar’ – Último grau da escala de desgaste. É quase como que fazer um churrasquinho do cordeiro pascal utilizando as tábuas da lei. Pressupõe uma agressividade que faz apelo aos constituintes mais básicos da alma, numa operação de cirúrgico escarafunchanço. O antídoto mais aconselhado, mas sem garantia integral de sucesso, é a combinação sistemática das medidas de evacuação, monossílabo e, helás, o enunciado da diversidade humana como primado da espécie. O sussurro dum «como é possível eu aturar este gajo, tendo tanta gente interessante com quem conviver» costuma ser uma estocada praticamente infalível.
Nível (1) ‘Insinuar’ – Trata-se dum desgaste muito simples que pode ser perfeitamente antidotado com um vulgar ‘vai ver se chove’.
Nível (2) ‘Maçar’ – Este segundo nível apresenta já alguma consistência, mas é ainda facilmente rechaçado com uma série de humm’s, ou mesmo aplicando um ar de enjoo, com ou sem franzidela de nariz
Nível (3) ‘Confundir’ – É um nível intermédio, geralmente o desgaste dá-se pela via d’«o que é que este gajo quer dizer com isto», e frequentemente é resolvido com um clássico «não tens mais nada com que te ocupar?», mas já foram registados casos em que foi preciso aplicar um seco «não tenho tempo para disparates sem sentido».
Nível (4) ‘Picar’ – É um dos valores da escala mais críticos. Mesmo sem uma carga afectiva ou ética explícita, os níveis de ironia podem apresentar-se elevados e provocam imprevisíveis danos na alma dura mas sensível. O trabalho de protecção mais bem sucedido desenvolve-se com indicações de que ‘o risco está a ser pisado’ e de que para lá do risco pode ser o deserto em patins.
Nível (5) ‘Criticar’ – Entramos nos níveis mais agressivos da escala. Neste, o ataque começa a fazer uso de pressupostos peri-moralizantes e, muitas vezes, de enquadramentos culturais ou astrológicos. A resistência a este tipo de desgaste já tem de se socorrer de baterias de técnicas de amuo ou birra, mesmo que ainda camufladas de hermetismo ou mistério.
Nível (6) ‘Massacrar’ – Trata-se dum nível de desgaste muito acentuado. Todas as medidas de protecção têm de começar a ser activadas, e a ameaça de evacuação deve ser inequivocamente explicitada. Devem ser evitadas as metáforas e o uso da frase seca e curta é essencial. O monossílabo é mesmo aconselhado.
Nível (7) ‘Recriminar’ – Último grau da escala de desgaste. É quase como que fazer um churrasquinho do cordeiro pascal utilizando as tábuas da lei. Pressupõe uma agressividade que faz apelo aos constituintes mais básicos da alma, numa operação de cirúrgico escarafunchanço. O antídoto mais aconselhado, mas sem garantia integral de sucesso, é a combinação sistemática das medidas de evacuação, monossílabo e, helás, o enunciado da diversidade humana como primado da espécie. O sussurro dum «como é possível eu aturar este gajo, tendo tanta gente interessante com quem conviver» costuma ser uma estocada praticamente infalível.
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