Notes From Djituente

alô, falo-vos aqui da cimeira de Londres, deram-me o número oito, pedi o nove, mas já estava atribuído ao Sarko que, como se sabe, é um chato, e a Carla tinha feito muita questão com esse número por causa do pandan que fazia com uns sapatos Ferragamo. Deram-me então o pelouro das reuniões bilaterais, primeiro desconfiei, porque pensei que era só para me despacharem, mas disseram-me que não, pois tinha ficado em primeiro lugar no concurso de dizer rápido ‘mr medvedev and mrs merkel’ três vezes sem me enganar. O bilateral, como calcularão, é cada vez mais importante, designadamente em espaços pequenos e fechados, género elevadores e salinhas das fotocópias. Hoje estou inclusive a pensar fazer uma reunião bilateral com uma moça da delegação italiana que usa como brincos dois autênticos berlosconis nas orelhas e de caminho treino cardiofitness estratégico.
Estas cimeiras são muito importantes, saliente-se, porque juntam à mesma mesa porta-vozes, quebra-nozes, assessores de imprensa, e guarda-costas, respectivamente os 5º, 6º e 7º poderes, e também porque prevêem finalmente a criação da chamada ‘Nova Ordem Global’, fazendo descansar as Ordens dos Carmelitas e dos Dominicanos, que já não podem com os joelhos de tanto rezar para ver se isto se endireita, ou salva, ou nirvana, ou volatiliza, consoante as crenças.
Ao Obama senti-o um pouco confuso, julgo que lhe falta um carinho, ou então uma Teresa de Sousa; entretanto, confidenciou-me, tem algum receio de ser alvo de cruzamentos de trocadilhos com o apelido do Gordon Brown e a dupla do Bucha e Estica. No entanto, está a colocar bastante empenho na inclusão do Irão nas bilaterais, e eu até propus um chá de tias em que uma dançarina do ventre apareceria como a Ti’Erão.
Enfim, é o que, para já, se pode adiantar daqui, se bem que a piorzinha das notícias de todas é que parece que o Olivier quer preparar ensopado de borrego para o jantar; é preciso ter bowls. Actualizarei a contento.

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