Um dois três experiência (III)

Existe também uma derradeira explicação para isto tudo, e também está no céu: é lua cheia e eu não me calo. Pareço uma porteira. Hoje deu-me para isto e ainda a acrescentar abri um pacote de pevides descoloradas, que comprei – há meses! - numa nojenta bomba de gasolina perto de Sabadell e que já estão a fazer uma tangente apertada ao prazo de validade. O sal combinado com a lua aboborada devem estar para a minha mioleira como o manuel alegre está para a vesícula de sócrates, e como não tenho à mão nenhum candal para mandar para o caralho, e os putos já estão a dormir, desforro-me neste tasco, neste desprotegido e incauto tasco, que não se pode defender de mim. Nem eu dele, vendo bem; vou para dentro.

3 comentários:

maria disse...

deve ser mesmo do sal. ou da lua, pois.

algum dia, talvez, quem sabe, entenderei um poucochinho apenas (não sou nada uma mulher de ambições) desta sua magna misturada com sabor alentejano. é que assim à primeira vista, parece que já ali fui provar um tinto que me ofereceram no sábado.

só mais uma coisinha: isto foi antes ou depois do terramoto que se abateu sobre um tal grupo de apaixonados pelo verde?

aj disse...

eh lá... nunca me tinham chamado bêbedo com tanta pinta!

sobre a 'coisinha': durante.

maria disse...

não seja tão sensível, (até parece mentira estar a dizer isto a um homem) quem provou o tinto fui eu.