Julgo que, para aconchego das almas em geral e alívio do corpo em particular, deveria chamar a especial atenção do amável ouvinte (se encostarem um bocadinho o ouvido ao ecrã prometo que ouvirão um sussurro praticamente indecente) para algo que se me foi dado à revelação há coisa de umas semanas - naquele suplemento de cariz e vocação mainstreamica denominado Ípsilon, se bem que, nalgumas edições larga um pouco de tinta em excesso – ou seja, para a notícia de que vão ser editados em português os contos de John Cheever lá para o solstício. Alerto desta forma singela e antecipada apenas porque se trata dum singular monumento da literatura móderrrna (por exemplo no site da revista ficções apanham uma tradução do conto, absolutamente sem adjectivos que o adjectivem de forma verdadeiramente adjectivada, ‘O Nadador’), e que, se me é permitido sugerir, não me fosse de esquecê-lo, todos deveis ler, nem que seja naquele bocadinho em que não estiverdes a embebedar-vos em notícias sobre outlet’s de subúrbios.
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10 comentários:
um belo conto descritivista e pouco normativista (a perfeição é rara)
até acho que a perfeição é algo muito frequente; comum, mesmo.
a merda do conto é perturbante
tornei a lê-lo e vislumbro o nomartivismo, foda-se
pois, a perfeição é comum e eu é que sou um gajo original
sim, pode perturbar. 'mostra', por exemplo, q entre a simples neura e a cegueira do desespero vai a distancia de uma ou duas piscinas.
a perfeição é comum, sim, a originalidade é apenas uma banalidade.
"'mostra', por exemplo, q entre a simples neura e a cegueira do desespero"
pois isso é o descritivismo (não brita osso)
mas o que me fode é o normativismo
'normativismo' por definir um padrão, ou por pretender dar palpites?
normativismo porque me parece que dá um palpite, ou pelo menos depois de ler o conto algo na minha cabeça me deu o palpite,tu deves fazer isto, tu não deves fazer isto
um dos palpites mais velho da humanidade: tu és pó e em pó te hás-de tornar, põe-te em guarda
sim... esse palpite anda por lá, de facto. Mas não encontrei o 'deves'... tirando o deves saber nadar, claro.
(...quem não tiver um palpitezito q seja para dar ao próximo é porque está corroído pela indiferença)
pois, o problema é esse
é só um palpite
para além do "deves" saber nadar, deixa o pobre homem andar a deambular semi-nu numa espécie de outro lado do espelho da Vénus Hotenttote (já que estás com a mão na massa leva-o a uma consulta do G. Soveral)
se calhar deu-lhe um ataque de humildade e quis-se ficar apenas pelo palpite. num conto tb não se pode arriscar muito pq depois não há tempo para desenrascar convenientemente uma ou outra alhada q possa aparecer.
o Garibaldi reformou-se. a bondade acaba por desleixar; e isso tb é fodido.
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