O homem cedo descobriu que tinha de fazer pela vida. Mas imediatamente se deu também conta de que os problemas iam surgindo tanto de dentro como de fora. Com progressiva estranheza constatou que os problemas que se originavam no seu interior eram mais perturbadores que as adversidades externas. Cada vez mais incomodado consigo mesmo foi alimentando crescentes fantasias de si próprio - na arte, na ciência, na religião, na família, no espelho. O resultado está à vista: não temos tendência a ficar bem em fotografia nenhuma, focamos mal e trememos constantemente com o tripé. Somos a prova viva de que entre um torneado lombo renascentista e uma repugnante víscera baconiana vai a distância duma pincelada mal dada. É absolutamente ilógico e bacoco pensar que não há Alguém a tomar conta da gente.
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2 comentários:
Oh, o salvífico e securizante alívio do determinismo!
C.
na falta de rennie, lexotans & pevides , nem vejo mesmo nada melhor.
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