Boas práticas & Equilíbrio sistémico

Penso que se conseguíssemos encontrar e condenar alguém que fosse banqueiro-pedófilo-presidente-de-clube-de-futebol-autarca arrumávamos os assuntos todos duma só penada e com menos despesa e maçada. Em Portugal a malandragem nunca leva a coisa completamente a sério e mantém sempre na sua vida zonas nebulosa, legal e irritantemente saudáveis, nichos de honestidade e bons costumes que em nada os dignificam, nem à nação que maternalmente os alberga. Inclusivamente a nova moda de branqueamemto de dentes, transformou, de forma obscena, os crimes de colarinho branco em crimes de canino branco. Não dignifica, repito. Depois de Pablo Escobar é muito mais difícil ser malandro. Todos me parecem escanzelados, todos me parecem de ejaculação rápida, todos me parecem maus de boca e, não raras vezes, já nos surgem com problemas cardio-vasculares. Ora quem não nasce com mãos de cozinheiro deveria ter mãos de justiceiro, e qualquer cidadão de tendências exemplares que se preze deveria, pelo menos uma vez na vida, e para além de plantar uma árvore e dar um pum num elevador, sacar a confissão pública dum malandro, eventualmente coadjuvado pela Judite, mas a de Sousa, se estiver bem penteada. Cumpre por isso encontrarmos um malandro global, de dentes devidamente amarelados, ainda sem vocalizações cavernosas e de preferência fatos C&A dois números acima. Evitemos gente séria e educada porque demoram mais tempo a desossar.
.

Sem comentários: