As anotações de um picheleiro dos afectos
Caderno 1 - Tratado de educação sentimental para homens bons
Caderno 1 - Tratado de educação sentimental para homens bons
7º capitulo - Girândola de foguetes & salva de morteiros
Existe também a questão fóbica. A mulher tem receio que o amor lhe estrague a pele, o homem tem receio que o amor lhe estrague a carteira. Por isso a mulher é epidermicamente esquiva e o homem trabalha por investidas que preservem o valor residual.
O não feminino é diplomático e vem sempre acompanhado de muito creme hidratante, o não masculino é bruto como uma saída de bolsa em pleno crash.
Sendo o espécime feminino um falso passivo e um estratega simulado serve-se do amor-sentimento como o defesa preguiçoso se serve da regra do fora de jogo: dá um passo em frente para deixar o homem com cara de parvo a olhar para a bandeirola. O homem de tendência bondosa, como o são quase todos, é um eterno atacante a tentar iludir o fora de jogo, e é incapaz de assumir que pouco mais capacidade tem do que jogar pelas laterais como um galgo atrás duma lebre de cartão.
A única verdadeira arma que o homem tem para enfrentar a mulher é o choro. Muita mulher se tornou escrava sexual apenas para não ver o seu homem mendigar amor em lágrimas. Poucos homens bons, de tão bonzinhos que são, têm esta noção, e, por isso, é uma raridade encontrar uma escrava sexual bem trabalhada pelo macho-carente. Quando o homem, num assomo de inteligência, consegue ultrapassar a barreira do choro – mesmo que austeramente regado – chegam a assistir-se a declarações pungentes em reduzida roupa interior e, inclusivamente, há registos, algumas sinceras palavras de arrependimento feminino – sentimento de natureza arqueológica, como sabemos.
Mas o que importa aqui reter é isto: a chantagem emocional é o último tesouro escondido da masculinidade.
Desafortunadamente para o homem o grande troféu da mulher é um macho ligeiramente insatisfeito. Socialmente, um homem feliz é um cabrão, ou um trouxa.
O não feminino é diplomático e vem sempre acompanhado de muito creme hidratante, o não masculino é bruto como uma saída de bolsa em pleno crash.
Sendo o espécime feminino um falso passivo e um estratega simulado serve-se do amor-sentimento como o defesa preguiçoso se serve da regra do fora de jogo: dá um passo em frente para deixar o homem com cara de parvo a olhar para a bandeirola. O homem de tendência bondosa, como o são quase todos, é um eterno atacante a tentar iludir o fora de jogo, e é incapaz de assumir que pouco mais capacidade tem do que jogar pelas laterais como um galgo atrás duma lebre de cartão.
A única verdadeira arma que o homem tem para enfrentar a mulher é o choro. Muita mulher se tornou escrava sexual apenas para não ver o seu homem mendigar amor em lágrimas. Poucos homens bons, de tão bonzinhos que são, têm esta noção, e, por isso, é uma raridade encontrar uma escrava sexual bem trabalhada pelo macho-carente. Quando o homem, num assomo de inteligência, consegue ultrapassar a barreira do choro – mesmo que austeramente regado – chegam a assistir-se a declarações pungentes em reduzida roupa interior e, inclusivamente, há registos, algumas sinceras palavras de arrependimento feminino – sentimento de natureza arqueológica, como sabemos.
Mas o que importa aqui reter é isto: a chantagem emocional é o último tesouro escondido da masculinidade.
Desafortunadamente para o homem o grande troféu da mulher é um macho ligeiramente insatisfeito. Socialmente, um homem feliz é um cabrão, ou um trouxa.
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