Os Pachecos Alegres
A fase decadente da democracia sufragada e parlamentar, no climax do seu processo de degradação, produziu o que aparentava ser uma proteína salvadora mas que veio a verificar-se ser um mero sub-produto, gente que nem faz de hormona nem faz de enzima. Estes trovadores dum vento que nunca passa especializam-se em vidências do passado e dedicam-se a informar o povo onde acaba o crocodilo e onde começa a carteira de pele. Mas, sendo todos nós meninos da casa pia a quem os Pachecos Alegres guardam e protegem o rabinho dos predadores populistas que nos oferecem vaselinas falsificadas, só lhes devemos estar gratos, e ansiar que sejam eles os últimos a fechar a luz, porque, o mais certo, é não saberem encontrar o interruptor. Roliços, Bem postos, Burgueses à procura de pintor flamengo, Vida Repleta de Perseguições em Salas de Chá. Guardadores de Proletariado. Velhos sem Hemingway e sem Mar. Decoram povos que fazem do vestíbulo sala de estar, mas serão sempre Yves sem Laurents.
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