1ª Interparoquial Social-coninhas
Correu em ambiente de exaltação a 1ª Interparoquial Social-coninhas, que congregou todos os social-coninhas na diáspora. O movimento social-coninha tinha-se desenvolvido em torno daqueles que se exilaram depois da grande purga ribauchevique e, motivado por fortes preocupações patrióticas, exigia que o social-coninhismo fosse devolvido às elites que realmente o merecessem. As bases social-coninhas haveriam de entender, pois, mesmo turvadas pela cortina obscurantista do populismo, eram filhas dum genuíno anseio de liberdade e justiça (se bem que não desdenhassem um bom frango na púcara).
O reformismo socrático tinha adormecido a alma social-coninha portuguesa por uns tempos, mas, agora, quando o Cancioneiro (com ou sem Fernanda) deixasse de entreter, as forças do social-coninhismo teriam de estar preparadas para os seus Marats e Robespierres poderem decapitar em condições, cortando pelo picotado.
Por falta de verba, as correntes proudhonistas e bakuninistas tiveram de se fundir, e foi escolhido como candidato de consenso uma imagem do Senhor dos Passos. Imediatamente as correntes mais depiladas avisaram que se corria sério perigo de perda da consciência de classe e instigaram Sto Antão a rapar a barba, desistir do deserto e pôr a bengala a render. «Nem penses, tira daí a bengala, Antão, que isso não é para a tua patinha» ameaçou em coro enfurecido a facção representante do social-coninhismo histórico, logo acrescentando que «as massas social-coninhas alcançarão inevitavelmente o poder no virar da esquina da história, temos apenas de nos manter bem alimentados e alerta com os pés quentes». Esta passividade irritou a corrente dos social-coninhas apologistas da revolução permanente, que já anteviam a famosa degenerescência burocrática, e disseram que o social-coninhismo não se podia transformar numa espécie de Louçã das Caldas. Quando se ouviu o nome ‘Caldas’ pensou-se logo no Largo do dito, então a confusão generalizou-se, tomou conta da Interparoquial, e elegeram os três pastorinhos por aclamação, mesmo com os milagres por confirmar.
Correu em ambiente de exaltação a 1ª Interparoquial Social-coninhas, que congregou todos os social-coninhas na diáspora. O movimento social-coninha tinha-se desenvolvido em torno daqueles que se exilaram depois da grande purga ribauchevique e, motivado por fortes preocupações patrióticas, exigia que o social-coninhismo fosse devolvido às elites que realmente o merecessem. As bases social-coninhas haveriam de entender, pois, mesmo turvadas pela cortina obscurantista do populismo, eram filhas dum genuíno anseio de liberdade e justiça (se bem que não desdenhassem um bom frango na púcara).
O reformismo socrático tinha adormecido a alma social-coninha portuguesa por uns tempos, mas, agora, quando o Cancioneiro (com ou sem Fernanda) deixasse de entreter, as forças do social-coninhismo teriam de estar preparadas para os seus Marats e Robespierres poderem decapitar em condições, cortando pelo picotado.
Por falta de verba, as correntes proudhonistas e bakuninistas tiveram de se fundir, e foi escolhido como candidato de consenso uma imagem do Senhor dos Passos. Imediatamente as correntes mais depiladas avisaram que se corria sério perigo de perda da consciência de classe e instigaram Sto Antão a rapar a barba, desistir do deserto e pôr a bengala a render. «Nem penses, tira daí a bengala, Antão, que isso não é para a tua patinha» ameaçou em coro enfurecido a facção representante do social-coninhismo histórico, logo acrescentando que «as massas social-coninhas alcançarão inevitavelmente o poder no virar da esquina da história, temos apenas de nos manter bem alimentados e alerta com os pés quentes». Esta passividade irritou a corrente dos social-coninhas apologistas da revolução permanente, que já anteviam a famosa degenerescência burocrática, e disseram que o social-coninhismo não se podia transformar numa espécie de Louçã das Caldas. Quando se ouviu o nome ‘Caldas’ pensou-se logo no Largo do dito, então a confusão generalizou-se, tomou conta da Interparoquial, e elegeram os três pastorinhos por aclamação, mesmo com os milagres por confirmar.
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