Martinho de Arcade Fire
‘Neon Bible’ pode ficar na história recente da música pop como o melhor segundo disco de gajos que tiveram um grande, grande, primeiro disco. Para já isto é o possível. A primeira vez ouve-se mal, à segunda, bem, à terceira, mal, à quarta, bem outra vez, é claramente um disco para ouvir em modo shuffle só para vezes pares. Retenho-me no ‘My body is a cage’. Fica ali entre a salve rainha e a sétima estação da via sacra. Pouco tempo depois dos Strokes em ‘Heart in a cage’, a gaiola volta a ser a metáfora de turno. Apesar de lembrar bastante o Silvestre e o Piu-piu, e ter uma terminação um pouco avarinada, a palavra gaiola encerra inúmeras potencialidades. Não chega a ser tão poderosa como sifão, ou arroz de grelos, mas, vendo bem, transporta o verdadeiro imaginário pessoano: «Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge». De repente até li: ‘circuncida-te’.
‘Neon Bible’ pode ficar na história recente da música pop como o melhor segundo disco de gajos que tiveram um grande, grande, primeiro disco. Para já isto é o possível. A primeira vez ouve-se mal, à segunda, bem, à terceira, mal, à quarta, bem outra vez, é claramente um disco para ouvir em modo shuffle só para vezes pares. Retenho-me no ‘My body is a cage’. Fica ali entre a salve rainha e a sétima estação da via sacra. Pouco tempo depois dos Strokes em ‘Heart in a cage’, a gaiola volta a ser a metáfora de turno. Apesar de lembrar bastante o Silvestre e o Piu-piu, e ter uma terminação um pouco avarinada, a palavra gaiola encerra inúmeras potencialidades. Não chega a ser tão poderosa como sifão, ou arroz de grelos, mas, vendo bem, transporta o verdadeiro imaginário pessoano: «Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge». De repente até li: ‘circuncida-te’.
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