‘Rompendo o bloqueio. Venezuela é respeitada’ (*)

Eu cá votarei ‘não’, mas

Note-se que sou claramente apologista de posições extremadas, argumentos violentos, demagogias afrontosas, imagens explicitamente horrendas, barrigas pintadas, soutiens em tocha, gâmetas desinfectados, burkas pélvicas, manipulação de valores absolutos, quermesses de freiras, fodas benzidas, generalizações grosseiras, pilas tremidas, ai jesuzes, relativizações obscenas, alívio de dores nas cruzes, apartheid entre louras e morenas, enxovalho, (agora havia aqui uma boa para rimar) amornamento de esperma, insultos gratuitos, sarcasmos sem piedade, conas bem untadinhas, desprezo pelos casos individuais, procissões com velinhas, falinhas mansas, cópulas breves, fernandas câncias, césares das neves, Reis em Janeiro, Carnaval em Fevereiro.

(*) slogan q acompanhava o cartaz em que Sócrates aparecia com Chávez. Tem tudo a ver.

Por mais paleio sofisticado que se ponha em cima deste assador de consciências e condensador de flatulências que é o referendo, as hipóteses de voto são apenas estas:

‘Religioso’ moderadamente ruminante – vota não, por motivos puramente religiosos‘

‘Religioso’ deixa-andante – vota sim, porque as pessoas têm problemas

‘Areligioso’ normal – vota sim, por causa do útero livre e desbloqueado‘

‘Areligioso’ com pancada – vota não, por causa daquela coisa da civilização

Há cruzamentos, sim, mas Darwin já não veio a tempo para os analisar.

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