Todos temos um bocadinho de Agustina B. Luis dentro de nós
No público leio que Maria José Nogueira Pinto depois de dizer que Sócrates não tem uma ‘agenda de valores’ (adoro estas expressões, mas ‘homens descascados de ideologias’ também não está nada mal) remata dizendo que o governo nunca lhe ‘pediu para vender a alma’. Ou distraídos, ou inconscientes mesmo; certamente uma consequência dessa negligencia socialista em se fundamentar num conjunto de valores devidamente certificados por anos e anos de bem-fazer ao próximo, filhos do jacobinismo, enteados do materialismo dialéctico e finalmente adoptados como bichos de estimação do capitalismo selvagem. Ora o governo, que tem tanto dinheiro mal gasto, (atrasava-se aí uns quinze dias o plano tecnológico), bem podia deixar-se de arrogâncias e forretices e arranjar algum para comprar a alma de Mizé Nogueira Pinto; não só ganhava uma aforista descomprometida (‘quem exerce um poder moderador tem de o exercer moderadamente’ – género: o verde seco fica sempre bem com o grená), como uma guerreira desinibida, (‘quando é preciso abrir um conflito abro até porque estou mais livre para isso que ninguém’ – é também o lado saca rolhas que nunca viu uma carica) como uma maruja convicta, melvileana até, (‘nunca saí de barco nenhum na vida’, mas que por acaso até entra um pouco em contradição com ‘gosto de laços e detesto nós’, registe-se, mas uma grande alma forja-se nestas pequenas contradições, já se sabe), sem falar do seu lado narciso-mirandico mas em chanel style (‘o grande capital desta cidade são as pessoas e não os edifícios’ - apesar do primeiro ser necessário aos segundos para obter os terceiros, salientaria) e do lado visonário (‘o meu partido tem muita gente’ – já lá vai a geração táxi, claro).
Sócrates, tem ali uma amiga para a vida; é só comprar uma agenda nova com os nomes dos santos.
No público leio que Maria José Nogueira Pinto depois de dizer que Sócrates não tem uma ‘agenda de valores’ (adoro estas expressões, mas ‘homens descascados de ideologias’ também não está nada mal) remata dizendo que o governo nunca lhe ‘pediu para vender a alma’. Ou distraídos, ou inconscientes mesmo; certamente uma consequência dessa negligencia socialista em se fundamentar num conjunto de valores devidamente certificados por anos e anos de bem-fazer ao próximo, filhos do jacobinismo, enteados do materialismo dialéctico e finalmente adoptados como bichos de estimação do capitalismo selvagem. Ora o governo, que tem tanto dinheiro mal gasto, (atrasava-se aí uns quinze dias o plano tecnológico), bem podia deixar-se de arrogâncias e forretices e arranjar algum para comprar a alma de Mizé Nogueira Pinto; não só ganhava uma aforista descomprometida (‘quem exerce um poder moderador tem de o exercer moderadamente’ – género: o verde seco fica sempre bem com o grená), como uma guerreira desinibida, (‘quando é preciso abrir um conflito abro até porque estou mais livre para isso que ninguém’ – é também o lado saca rolhas que nunca viu uma carica) como uma maruja convicta, melvileana até, (‘nunca saí de barco nenhum na vida’, mas que por acaso até entra um pouco em contradição com ‘gosto de laços e detesto nós’, registe-se, mas uma grande alma forja-se nestas pequenas contradições, já se sabe), sem falar do seu lado narciso-mirandico mas em chanel style (‘o grande capital desta cidade são as pessoas e não os edifícios’ - apesar do primeiro ser necessário aos segundos para obter os terceiros, salientaria) e do lado visonário (‘o meu partido tem muita gente’ – já lá vai a geração táxi, claro).
Sócrates, tem ali uma amiga para a vida; é só comprar uma agenda nova com os nomes dos santos.
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