Conto de Beachbop & swinging days II

Tinha sido com ‘Lush live’ que Chet lhe prestara o seu primeiro servicinho cupidiano. No entanto, apenas servira de aperitivo para um Sonny Rollins em ‘Decison’, onde, ao seu ouvido - também fraudulento – tudo lhe pareciam trompetes. De castigo, durante dois anos apenas se deu a ouvir guitarra, apenas lhe passou pelos ouvidos um envolvente e quente ‘west coast blues’, e não se sentia capaz do saxofone, nem de trocadilhos mais palavrosos . Quando voltou ao ‘Stopper’ do bom do Sonny sentiu que já não tinha o estômago preparado e teve de digerir muitos clarinetes antes de lá poder voltar de peito feito, que nem profeta em crise de terras prometidas. Chet fazia-lhe ainda mais falta agora que Benny Carter já não o surpreendia com ‘Angel eyes’. O próximo big bang, Deus vai fazê-lo ao som do Coleman Hawkins, e aí sim, body and soul ficarão definitivamente ligados, e S. João baptista vai comer gafanhotos para o Mississipi.

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