reflexos e actos fal(h)ados
“Seria errado supôr uma oposição onde existe uma relação de cooperação” (*)
Numa conferência de 1893 Freud aborda a etiologia da histeria expondo pela primeira vez a noção de afecto como um dos elementos que liga alma e corpo, ou seja, as componentes psíquica e física do ser humano. Mais tarde, e ainda sobre a histeria, concluirá existirem três modalidades gerais através das quais se processará o aliviar da excitação na sequência do processo traumático na base da sua génese: o movimento, a fala e a associação. Em 1891 é publicada a que muitos investigadores consideram ser a primeira verdadeira obra teórica de Freud (**) em que se clarifica alguma da relação entre a histeria e o uso das palavras e onde se encontra, de forma simples e clara, explicação para alguns mistérios quase insondáveis da natureza humana em geral (e da blogueira em particular): "há casos em que os afásicos sensoriais não dizem nem sequer uma palavra compreensível mas desbobinam sílabas sem sentido numa sequência inexaurível".
Que se deva à igreja católica, através da confissão, a prioridade na descoberta do poder da psicanálise, é assumpção que não discuto. Que se deve a Freud, através dos estudos sobre a histeria, a heurística que permite a compreensão de tanto do que por essa "blogaria" fora se escreve, é certeza que reclamo.
(*) S Freud, Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, Lisboa: Livros do Brasil
(**) S Freud, A Interpretação das Afasias, Lisboa: Edições 70
“Seria errado supôr uma oposição onde existe uma relação de cooperação” (*)
Numa conferência de 1893 Freud aborda a etiologia da histeria expondo pela primeira vez a noção de afecto como um dos elementos que liga alma e corpo, ou seja, as componentes psíquica e física do ser humano. Mais tarde, e ainda sobre a histeria, concluirá existirem três modalidades gerais através das quais se processará o aliviar da excitação na sequência do processo traumático na base da sua génese: o movimento, a fala e a associação. Em 1891 é publicada a que muitos investigadores consideram ser a primeira verdadeira obra teórica de Freud (**) em que se clarifica alguma da relação entre a histeria e o uso das palavras e onde se encontra, de forma simples e clara, explicação para alguns mistérios quase insondáveis da natureza humana em geral (e da blogueira em particular): "há casos em que os afásicos sensoriais não dizem nem sequer uma palavra compreensível mas desbobinam sílabas sem sentido numa sequência inexaurível".
Que se deva à igreja católica, através da confissão, a prioridade na descoberta do poder da psicanálise, é assumpção que não discuto. Que se deve a Freud, através dos estudos sobre a histeria, a heurística que permite a compreensão de tanto do que por essa "blogaria" fora se escreve, é certeza que reclamo.
(*) S Freud, Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, Lisboa: Livros do Brasil
(**) S Freud, A Interpretação das Afasias, Lisboa: Edições 70
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