"Passando-lhes pelo estrado"

- Toda a mulher é uma lição -

Parte II - Afagando e andando

4. Notas prévias
Na dialéctica em análise o papel das mãos assume uma posição muito sensível, delicada mesmo. É o clássico dilema do investigador: onde termina o cientista e começa o homem; ou o drama do artista: onde termina o modelo e começa a amante; ou mesmo, não o esqueçamos nunca, o drama do homem do lixo: onde termina o trabalho e começa a merda.

Escolhemos para objecto deste capítulo desde os movimentos mais clássicos como o 'apalpar', até aos menos evidentes como o 'roçar de polegar', passando pelas sempre enigmáticas 'festas com as costas da mão', sem esquecer o febril 'dedilhar' nas suas mais diversas combinações estilísticas. O acto de 'espremer borbulhas' foi afastado da análise pela sua evidente falta de gosto e por apenas servir o cruel desiderato de uma das partes.

Existe uma premissa que deverá ser de imediato vertida porque é transversal a toda a análise: para as mãos de um homem todo o estrado feminino deve merecer o seu cuidado, não deverão existir zonas de primeira e zonas de segunda pois a mulher é muito sensível a estas classificações e não assimila bem que fazer-lhe uma festinha ao de leve com o indicador percorrendo a curva torneada do cotovelo possa ser ligeiramente menos estimulante para o homem do que apalpar-lhe valentemente o rabo.

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