Andando por aí, até porque somos cada vez mais apenas um sítio . «Estou a fazer o que posso com os factos» :o dicionário não ilustrado nas entradas 1092 a 1104
Presunção de inocência – Tipo de inocência que previamente salgada e fumada e depois finamente fatiada combina muito bem com o queijinho da serra
Mandato suspenso – Técnica do estendal, que apesar de alguma inspiração circense, se baseia de facto na velha prática da exposição ao sol depois duma boa saponaria. É a imagem de marca da aldeia da roupa branca que nos está no sangue.
Separação de poderes – Fenómeno que ocorre após a centrifugação de alguma roupa suja que foi lavada no detergente recomendado pelas principais marcas de máquinas partidárias
Candidaturas presidenciais - Momento interessante da actividade política em que qualquer ‘revista do coração’ fica a parecer uma tese de mestrado
Autarca modelo – Aquele que prefira os favores da ‘Sonae’ aos da ‘Jerónimo Martins’
Abuso de poder – Espécime menos mediática do abuso de menores
Corrupção passiva – Movimento da conta bancária em que o saldo credor olha para o outro lado e só vê grandes estornos.
Eleições autárquicas – Espécie de passeio folclórico pelos antros elíseos e que termina com o arguido do triunfo.
Direitos dos militares – Andarem fardados e ninguém se rir deles
Vontade política – Maravilha do sub-aparelho intestinal dos eleitos sufragados que se revela essencialmente por estes gostarem mais de andar nas mãos com os votos dos outros do que com as próprias calças.
Regime político – Tipo de dieta que a sociedade adopta quando se começam todos a querer comer uns aos outros indiscriminadamente. As crises neste regime geralmente levam a que ninguém se queira ver ao espelho.
Sistema jurídico - Sofisticado tricotado de espermatozoides amestrados que muitas vezes escolhe o ovário errado e a sociedade passa a emprenhar de esguelha
Debate político – Tipo de fábula em que o perdigoto faz de moral e a baba faz de história.
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