Tome-se um homem,
Feito de nada, como nós,
E em tamanho natural.
Embeba-se-lhe a carne,
Lentamente,
Duma certeza aguda, irracional,
Intensa como o ódio ou como a fome.
Depois, perto do fim,
Agite-se um pendão,
E toque-se um clarim.
Serve-se morto.
In “Receita para fazer um herói” de R. F.
Se o nariz de Gogol cá andasse talvez ainda pudéssemos ser governados apenas por cheiro. Assim resta-nos passar o tempo à procura dum capote que nos ponha a coberto dos desvarios da despesa pública e ir desfrutando desta alegre escravidão que é sermos almas livres dificilmente transaccionáveis. E eu ainda aspiro a uma pachorra anatómica que me faça escrever textos com pés e cabeça. Sendo certo que me consolava mais rindo com Narciso Miranda do que com Jorge Coelho.
In “Receita para fazer um herói” de R. F.
Se o nariz de Gogol cá andasse talvez ainda pudéssemos ser governados apenas por cheiro. Assim resta-nos passar o tempo à procura dum capote que nos ponha a coberto dos desvarios da despesa pública e ir desfrutando desta alegre escravidão que é sermos almas livres dificilmente transaccionáveis. E eu ainda aspiro a uma pachorra anatómica que me faça escrever textos com pés e cabeça. Sendo certo que me consolava mais rindo com Narciso Miranda do que com Jorge Coelho.
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