Discurso do estado da nação
Ou do se calhar o melhor é deixar isto assim
Garanti-vos a maioria estável prometida e agora estou a gostar de ver a coisa. O ambiente está calmo, o Santana já não está de perna aberta, o Jerónimo já não tem tosse, o Sócrates talvez já nem precise de tomar posse, fica bem assim só como um sinal da mudança de ciclo, ou mudança de colo, nem precisa de usar gravata, não chove e os desgraçadinhos da ordem começam de novo a reclamar o graveto, responde-se-lhes que se fosse por nós sim, mas agora não dá para decidir, que os novos depois dirão qualquer coisa, os post-it ainda vão tendo cola, o Cavaco prega sermões em Angola, talvez ele ainda tome o gosto ao camarão tigre e fique por lá, o parlamento tem poupado na conta da luz, eu até estou a gostar da coisa mesmo assim, um país sereno, um padre cioso das suas hóstias, o pessoal fala dos óscares, a maior controversia da nação ainda é o regresso do Terras do Nunca, parece que há um tipo aos pulos a dizer que ele tem que dar explicações, e é óbvio, então ele pensa que é quem, assim a ir e vir sem dar cavaco a ninguém, e o Lopes, estão a ver, agora até nem dá gaffes, assentou, o Lexotan fez-lhe bem, e o Louçã extasiado com o sorriso das crianças já nos poupa aos seus trocadilhos morais, mas tenho algumas saudades do dedo em riste do Portas confesso, só que também não se pode ter tudo, arranjei-vos uma maioria benzida, até podemos sangrar mas agora não se dá conta da ferida, o Fernandes Thomaz já pode ir às touradas em paz, crise o tanas, Bruno, é assim mesmo: fala de mamas, eu tenho isto tudo controlado, vocês é que andavam todos nervosos, cá eu e o Peseiro ainda vos vamos surpreender, aproveitem para relaxar, bebam umas cervejitas na roullote, dancem os tangos da Charlotte, para quê irmos agora todos numa fona arranjar um governo à pressa, reparem que até o pudim Marcelo boca-doce já voltou, as taxas de juro nem sobem, e o principais problemas da nação são de caras as portagens dos monovolumes, o molho inglês e o cabelo da MMouraGuedes que não pára de lhe crescer e qualquer dia está maior que as alarvidades que lhe saem pela boquinha. Eu cá, se calhar, se fosse a vocês, deixava isto mesmo assim, estamos consolados na maioria absoluta, para quê metermo-nos em sarilhos, e até pode ser que a Jennifer Lopez cá venha fazer bodyboard com o Marques Mendes a servir de prancha, o Vitorino de nadador-salvador, o Telmo Correia de onda e o Ana Drago de sereia mística declamando poemas em cima de grades de cerveja, e é uma pena a Ana Gomes agora não há quem a veja.
Ou do se calhar o melhor é deixar isto assim
Garanti-vos a maioria estável prometida e agora estou a gostar de ver a coisa. O ambiente está calmo, o Santana já não está de perna aberta, o Jerónimo já não tem tosse, o Sócrates talvez já nem precise de tomar posse, fica bem assim só como um sinal da mudança de ciclo, ou mudança de colo, nem precisa de usar gravata, não chove e os desgraçadinhos da ordem começam de novo a reclamar o graveto, responde-se-lhes que se fosse por nós sim, mas agora não dá para decidir, que os novos depois dirão qualquer coisa, os post-it ainda vão tendo cola, o Cavaco prega sermões em Angola, talvez ele ainda tome o gosto ao camarão tigre e fique por lá, o parlamento tem poupado na conta da luz, eu até estou a gostar da coisa mesmo assim, um país sereno, um padre cioso das suas hóstias, o pessoal fala dos óscares, a maior controversia da nação ainda é o regresso do Terras do Nunca, parece que há um tipo aos pulos a dizer que ele tem que dar explicações, e é óbvio, então ele pensa que é quem, assim a ir e vir sem dar cavaco a ninguém, e o Lopes, estão a ver, agora até nem dá gaffes, assentou, o Lexotan fez-lhe bem, e o Louçã extasiado com o sorriso das crianças já nos poupa aos seus trocadilhos morais, mas tenho algumas saudades do dedo em riste do Portas confesso, só que também não se pode ter tudo, arranjei-vos uma maioria benzida, até podemos sangrar mas agora não se dá conta da ferida, o Fernandes Thomaz já pode ir às touradas em paz, crise o tanas, Bruno, é assim mesmo: fala de mamas, eu tenho isto tudo controlado, vocês é que andavam todos nervosos, cá eu e o Peseiro ainda vos vamos surpreender, aproveitem para relaxar, bebam umas cervejitas na roullote, dancem os tangos da Charlotte, para quê irmos agora todos numa fona arranjar um governo à pressa, reparem que até o pudim Marcelo boca-doce já voltou, as taxas de juro nem sobem, e o principais problemas da nação são de caras as portagens dos monovolumes, o molho inglês e o cabelo da MMouraGuedes que não pára de lhe crescer e qualquer dia está maior que as alarvidades que lhe saem pela boquinha. Eu cá, se calhar, se fosse a vocês, deixava isto mesmo assim, estamos consolados na maioria absoluta, para quê metermo-nos em sarilhos, e até pode ser que a Jennifer Lopez cá venha fazer bodyboard com o Marques Mendes a servir de prancha, o Vitorino de nadador-salvador, o Telmo Correia de onda e o Ana Drago de sereia mística declamando poemas em cima de grades de cerveja, e é uma pena a Ana Gomes agora não há quem a veja.
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