.... e ainda de bónus uma segunda dose mais para desopilar; o dicionário não ilustrado de novo nos lugares imaginários nas entradas 879 a 885



A Classe média – Figura sempre desprezada pela geometria euclidiana mas que afinal se veio a descobrir estava encavalitada entre um PPR e uma taxa moderadora



A Europa – Mero recalcamento duma grande Pangeia. Revela-se regularmente em pulsões burocráticas, registam-se recorrentes neuroses de fronteira, e nalguns casos mais perdidos chegaram a verificar-se psicoses de tradição.



A Civilização ocidental – Espécie de figurino cultural que mais não passa da sofisticada teorização sobre o uso de cuecas, calças e camisas; gravata opcional. Mas afinal chegamos à conclusão que quanto muito somos uns eros de chanatos.



O Orçamento – Passarele pouco iluminada de “deves” e “haveres” que se mostram vestidas com poucas transparências mas muitos folhinhos. Aproveitam-se os deco(r)tes.



O Sistema educativo – Sonhado aparelho ao qual os pais ligariam os filhos tornando-os em verdadeiros aspiradores de conhecimento e bons costumes. Os fabricantes de tal equipamento entretêm-se todos os anos a fazer novos manuais de instruções baralhando a rapaziada com o uso dos botões.



A Casa da música – (curiosamente uma das primeiras entradas do dicionário, confirma-se mesmo como o...) Novo paradigma dos lugares imaginários que se caracteriza por não avançar nem a toque de caixa.



O Estado – (versão neo-liberal) Encruzilhada entre os míticos lugares de “O da Joana” e o “Onde a porca torce o rabo”.

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