Labirintos com ratoeira

Mas um gajo vai-se desenrascando



Eu lá tinha ido dar uma volta à terra onde uma Santa Senhora apareceu a uns pastorinhos em cima duma Azinheira; (por acaso cheguei a pensar que se eles se estivessem a portar da forma selvática como um dos meus filhos foi brindando toda a pequena multidão penitente, a Senhora de branco talvez tivesse pensado duas vezes em abençoar aquele povoado, e teria certamente questionado o seu Filho sobre certos detalhes da redenção, senão mesmo da própria criação)



No entanto, não é este episódio prosaico e irrelevante que me transporta directamente aqui a esta caverna blogspotica. O que aqui me traz, é que estava eu agora a abrir esta máquina-de-escrever-ilustrada, que por acaso até me brinda à entrada com “ A Bela Jardineira “ de Raffaello acompanhada pelo menino Jesus e S. João Baptista, quando o Outlook me escarrapacha com um presente enviado por uma mão amiga com vocação de deusa: a fotografia quase-tipo-passe de Madonna.

Fico assim aqui quietinho, de olhito a brilhar. Ainda com o sabor duma curta viagem peregrinativa. E agora com a imagem daquela mulher que me faz estremecer a parte glandular da alma. Um rosário não tem contas que cheguem para um homem que vive entalado – mas sem esbracejar muito - nestas armadilhas iconoclásticas. As “liberdades afectivas” traçam um risco que apela constantemente a ser pisado; mas que só faz tropeçar se se transformar em “murete”.

É que eu também nem sou daqueles que se escandaliza muito quando vê a imagem da Senhora de Fátima “mano-a-mano” com o emblema do Sporting. Não lhe encontro é nenhum efeito prático.



Para a semana tenho de lá ir outra vez, é certinho. O que é que irão pensar cá em casa?

Sem comentários: