Jornalistas. Têm muito jeito e põem-se muito a jeito.



Uma das garotas de ipanema do jornalismo – helena matos – encheu-se de graça e ontem terá escrito a coisa mais linda de que «os jornalistas já têm de zelar pelo direito de informar, não podem estar também a zelar pelo cumprimento do segredo de justiça»



Eu, escravo da civilização dos deveres, agora já me sinto libertado!

Não me podem acusar mais de sujar a tampa da sanita! Então se já tenho que zelar por esvaziar a atormentada, impaciente e cheia de direitos bexiga, queriam ainda que cuidasse de acertar o meu irrequieto e ácido jacto naquele assimétrico e desconchavado buraco!?...

E tenho eu que zelar por gerir os direitos dos accionistas, e agora ainda me exigem que arranje dinheiro para pagar os ordenados, e por cúmulo que os transfira para a conta dos empregados!



A natureza – que nunca se engana – de facto já tinha dado um lamiré, quando demonstrou que a quem se incumbe de zelar por fornecer o espermatozóide, não se lhe exige a maçada de garantir o leitinho da amamentação.



Os jornalistas serão os primeiros santos a subir para o altar pelo próprio pé.

Os milagres, provados e cientificamente indemonstráveis, são as audiências.

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