"[...] Creio no mundo como num malmequer,/ Porque o vejo. Mas não penso nele / Porque pensar é não compreender... // O Mundo não se fez para pensarmos nele / (Pensar é estar doente dos olhos) / Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... // Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... / Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, / Mas porque a amo, e amo-a por isso, / Porque quem ama nunca sabe o que ama / Nem sabe por que ama, nem o que é amar... / Amar é a eterna inocência, / E a única inocência não pensar..."
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema II"
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"[...] Creio no mundo como num malmequer,/ Porque o vejo. Mas não penso nele / Porque pensar é não compreender... // O Mundo não se fez para pensarmos nele / (Pensar é estar doente dos olhos) / Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... // Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... / Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, / Mas porque a amo, e amo-a por isso, / Porque quem ama nunca sabe o que ama / Nem sabe por que ama, nem o que é amar... / Amar é a eterna inocência, / E a única inocência não pensar..."
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema II"
C.
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