Há (ou houve, posso estar
desfasado) um bruá instalado por causa de uma entrevista dum Bispo. A minha
primeira reacção vinda das vísceras do meu anti-clericalismo, (qualquer
católico que se preze é anti-clerical) mesmo sem ter sequer lido as ditas
declarações, foi que o Bispo (também conhecido nas hierarquias como Senhor
Bispo) fez merda. No entanto, começou a desenvolver-se em mim um certo prazer
quase catecumenal em ver um bispo a dar um pouco de escândalo, seja qual tenha
sido o motivo ou motivação. Este conceito de escândalo é completamente
evangélico e remonta aos primórdios do apostolado cristão, leia-se: da fundação
da Igreja Católica Romana, e por isso deve ser acarinhado por qualquer crente.
A Teologia do Escândalo foi inventada pelo frade franciscano Giuseppe Almondega
no séc. XVI , em Milão, quando desenvolveu a tese de que 'antes um camelo dum
rico entalado num buraco duma agulha do que um pobre dum protestante espetado
na sua ponta'. Ou seja, deixem os pobres em paz mas não sejam camelos. Foi no
seguimento desta inspiração que fundou a Ordem dos Beduínos, uma regra de
semi-reclusão em que os ricos eram chamados a entregar 20% dos seus rendimentos
em carne picada que depois era transformada em bolinhas abençoadas (daí o nome
te ficado como almôndegas). O sucesso foi tanto que o preço das picadoras subiu
de tal forma que ainda deu para criar a Diocese do Passe-Vite, especialmente
orientada para receber devotos ricos em fase de esticar o pernil. A teologia do
escândalo teve um enorme número de seguidores em comunidades de banqueiros que
inventaram o spread-indulgência, uma espécie de retenção na fonte alternativa
que faziam desviar para obras de caridade como marinas e campos de golf,
desporto este que, como sabemos, foi inspirado num camelo que se desviou da
agulha e tentou esconder uma almôndega num buraquinho que estava no jardim em
frente a sua casa. É assim na esteira deste ilustre teólogo que eu enquadro
hoje todos os grandes escandaleiros cristãos, gente que, mesmo ser estar sob o
efeito de febres altas, procura
aproximar de Deus não mostrando as virtudes do templo mas antes a barriga dos
vendilhões, tanto mais que no templo até pode nem haver ar condicionado nem
nada.
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2 comentários:
Oh! Sr. Anselmo (Arnaldo?!...) Tenha lá mt cuidadinho, ã! Não leu ainda THE ATLAS OF REMOTE ISLAND II, pois não? Em que a querida Judith refém da PRISÃO na juventude, depois de se ter vingado com a sua brilhante fantasia no ATLAS I, depois de ter feito diversos implantes mamários re-escreveu o THE ATLAS OF REMOTE ISLAND. O II. Em que desta vez resolveu por uma caridade e benevolência pelos suburbanos, tipo essa coisa que disse chamada ... IAC O qualquer merda... RE BAPTIZAR TODA A MERDA QUE EXISTE NO UNIVERSO. De tal modo foi eficaz a Judith que obrigou os designers de mapas a alterar os nomes das localidades mapais. Não há agora turista que vá parar a essa coisa que disse porque essa coisa que disse chama-se agora BASTLAND!
Drogas novas?
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