Não sei se já vos tinha dito que escreveria por fim-de-semana - e nem sequer precisava de ser de ponte - um livro tipo-mario-de-carvalho, não fora gostar mais de pastéis de bacalhau com arroz de grelos do que de escrever livros. E isto não é porque eu seja alguma bisca a escrever livros, não, isto deve-se a ter no meu pódio de irritações técnicas esse preciso gajo, enquanto gajo que escreve livros, - se fosse barbeiro por exemplo não me faria tanta aflição - de sua graça: mário de carvalho. Isto é um capricho inútil e estúpido, daqueles que há que acarinhar quando possuímos o monótono equilíbrio e a insonsa sanidade, próprias dos seres banais, e que nos permite ascender adjacentemente ao maravilhoso mundo dos paranóicos. Contudo, depois de ter pegado e aberto o seu último folhado de letras, o primeiro parágrafo - que é donde vou neste momento - entrou pela minha córnea desta forma: «a bejeca deixou fímbria de branco poroso a ferver no lábio de abreu. O ar de desdém, basófio e curto, derivava agora, nasalado, pela fresta da comissura»; ora tomando por bom que não fui traído por nenhum glaucoma repentino sou levado a concluir que a fusão pirosa de camilo com mario zambujal podia ser aproveitada para decorar pacotes de shortcake mas podia evitar-se o abate de árvores. Até este post era evitável mas se até o diabo reza podemos sempre seguir para bingo; não tarda é Natal.
Nota: este post custou 16,20 € menos 10% de cartão aderente
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4 comentários:
oh que maldade, nas vésperas do Natal, aj! E logo com o meu Mário. Ps: não te sabia aderente.
Aderi porque com dois Peixotos e um Tordo ofereciam uma caixa com ferreros rocher, mas ja estou arrependido pois agora no pingo doce oferecem um Rentes (aquela coisa da holanda e tal) na compra de duas garrafas de azeite reserva
[ahahahah]
Apeteceu-te algo, portanto!
Ai, ai, ai: sofro por ser esta sôfrega consumidora do autocolante verde (piscadela de olho em jeito de papel de parede aos girassóis) dos menos dez por cento. E depois não quero (oh pra mim de aderente nojentinha) que as Portugal desta vida que sobrevivem à revolução, ao incêndio do Chiado e quiçá ao próprio do terramoto, não sucumbam à aderência ... ai!
o verde é de facto uma cor bem ingrata...
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