incentivos à produção

O velho Montesquieu dizia que o comércio promovia a paz, a delicadeza e a moralidade nas relações humanas. Irritantemente o comércio tem vindo a colar-se a valores da mais que duvidosa qualidade como a globalização, a intermediação, o abuso de posição, etc, resumindo em duas penadas: chulice e broche.

É mesmo pena, pois há uma dignidade intrínseca no actos de vender e comprar, ao serem uma corruptela benigna da troca, na sua essência mostram aquilo que o homem tem de melhor, melhorzinho vá: ir de encontro das necessidades dos outros. Ainda para mais, a sua existência realçará valores que, apesar de autónomos, se aproveitam dele (do comércio) para se porem no pódio da ética , como a gratidão, o desprendimento, a magnanimidade e afins.

Sendo que o comércio se veio a travestir de outras denominações menos ilustres, desde negociata a cambão, passando pelo ambíguo tráfico ou a suspeitosa especulação , estamos agora em suspenso para ver o que substituirá o 'interesse' e o 'bem comum' nos manuais de ciência politica. Estou plenamente convencido que quando Jesus expulsou os vendilhões do templo o que estava em causa não era a actividade mas sim produto de má qualidade.

3 comentários:

io disse...

"estamos agora em suspenso para ver o que substituirá o 'interesse' e o 'bem comum' nos manuais de ciência politica."

"1.300 euros por mês. Não sei se ouviu bem. 1.300 euros por mês."

Não?

aj disse...

pois é ihih, mas no tempo do montesquieu ainda não havia reformas e ele não pode criar doutrina sobre o tema :)

io disse...

ahahaha