Não tendo nada de relevante a dizer sobre a extinção do bloco de esquerda, e menos ainda sobre o estranho desaparecimento da anti-matéria por alturas do big bang, ou mesmo a grande pepineira do Reno, tenho obrigatoriamente de me debruçar sobre as questões de índole antropológica que irão sobrevir no famoso caso judicial: camareira desconhecida preta vs hóspede famoso branco. Em primeiro lugar haverá que definir sinteticamente os contornos da caracterização técnica do comportamento do macho humano face à respectiva fêmea numa geração pós diluviana e liliputiana como a nossa. O dicionário não ilustrado nas suas entradas 1378 a 1386.
libertino - tipo de macho que orienta a sua enorme sensibilidade para a compreensão da volúpia que emana do universo feminino.
sedutor - tipo de macho que se distingue pela interpretação minimalista do comportamento passivo do intérprete sexual feminino.
conquistador - tipo de macho que aborda a silhueta feminina num ambiente de cartografia recreativa.
atrevido - tipo de macho que gosta de partilhar a forma iluminada com que encara os desígnios obscuros da criação.
lúbrico - tipo de macho que só cria a expectativa depois da concretização.
guloso - tipo de macho que escolhe o tempero antes de escolher a carne.
predador - tipo de macho que prefere uma arranhadela na savana a uma massagem na capoeira.
perverso - tipo de macho que considera a frente uma antecâmara do verso.
insaciável - tipo de macho coperniquiano que leva muito a peito a Terra ser feminina, redonda, e que não deve parar de rodar.
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