Sardanapalus era um rico comerciante pelo qual 3 catequistas da paróquia de Alhandra tinham ficado pelo beicinho aquando duma feira de tapetes no Jumbo de Alverca. Largaram tudo, inclusivamente umas bases para copos em corticite oferecidos por um lar de Idosos de Sacavém onde elas iam recolher fraldas mijadas às quartas-feiras, e foram atrás do inebriante perfume a suor das arábias. Mas eis que inesperadamente se descobriu que o Sardanolas afinal apostara todas as suas catequistas e cavalos num fundo do Madoff, pelo que tinha ido tudo pelo cano abaixo. Assim, as moças e os puros sangues iriam agora ter de ser dados de fiança a um usurário arménio.
Sardanapalus – Pois filha, mas agora estou cansado e depauperado, julgo que me vou dedicar a recitar salmos, perfumar-me, assobiar a música da ponte do rio kway, e beber um ou outro copito.
Menina Cristina – mas eu entreguei-me a ti de corpo e alma; agora nada mais irá fazer sentido. Deixei a minha família, as minhas mini saias, o meu rímel, os meus peluches e inclusivamente um enxoval de bordados que a minha avó me tinha preparado…
Menina Cristina – mas eu entreguei-me a ti de corpo e alma; agora nada mais irá fazer sentido. Deixei a minha família, as minhas mini saias, o meu rímel, os meus peluches e inclusivamente um enxoval de bordados que a minha avó me tinha preparado…
Sardolas – Não me canses, Tininha. Sabes bem que ultimamente até a minha barba ficava muitas vezes arrepanhada nessa floresta negra que transportas abaixo desse teu umbigo de catequista.
Tininha – Bem que eu devia ter dado ouvidos ao sr prior; fui usada e abusada como uma cortesã, e agora entregas-me à luxúria dos teus criados famintos, sem escrúpulos e de pila fininha.
Sardolas – Olha, larga-me que tenho aqui dois furúnculos a infectar e que me apoquentam na
dobra do joelho.
Tininha - Desinfectarei a tua borbulhagem com as minhas lágrimas de pecadora.
... ... ...
Menina Fatinha – Afasta-te de mim, o meu corpo é sagrado! Serei sempre fiel ao meu querido Sardolas, nem que ele me traísse com um eunuco da Babilónia, ou uma beata de Moscavide.
Guarda Abel – Querida, ou vens comigo, ou como alternativa transformo-te em franja para tapetes de Buchara.
Guarda Abel – Querida, ou vens comigo, ou como alternativa transformo-te em franja para tapetes de Buchara.
Menina Fatinha – Serei então imolada na minha dor, mas pelo menos deixai-me tapar as partes baixas.
Guarda Abel – Ó Fatinha, estás tão bem assim; eu serei o tigre do t’eufrates!
Menina Fatinha – O m’eufrates não é para os teus diques! Larga-me o braço, não me pises a chanata e vai concubinar camelos para o casaquistão.
Menina Fatinha – O m’eufrates não é para os teus diques! Larga-me o braço, não me pises a chanata e vai concubinar camelos para o casaquistão.
Sardolas – Cilinha, querida, noto-te abatida; já não é preciso dizeres que estás com enxaqueca porque eu hoje já não tenho mais forças para louvar os deuses com a minha masculinidade
Menina Cilinha – Uma infelicidade de morte percorre as minhas veias. Mais valia ter ficado a bordar paramentos na minha terra.
Menina Cilinha – Uma infelicidade de morte percorre as minhas veias. Mais valia ter ficado a bordar paramentos na minha terra.
Menina Cilinha – Se fosse para ter um irmão novo teria escolhido antes o padre Borga, eu contigo sonhei com a libertação da carne!
Sardolas – A minha carne já foi prometida aos vermes, o mais parecido que te posso arranjar é ires trabalhar para o restaurante dum tio meu que vende kebab em Istambul.
Menina Cilinha – E eu que cheguei a sonhar com a redenção dum amor eterno, numa felicidade das mil e uma noites…
Sardolas – Cilinha, isso foi do haxixe, volta outra vez para os dolviran’s que não te fazem tanto mal.
... ... ... Sardolas – Tininha, ainda aí estás, ou já adormeceste!?
Tininha – Sufoco com a tua indiferença, o teu alheamento…
Sardolas – Tu sufocas é porque estás aí com a cara enfiada no edredon e tens as costas destapadas; ainda apanhas alguma pontada com a corrente de ar!
Tininha – Mas não me resignarei…
Tininha – Sufoco com a tua indiferença, o teu alheamento…
Sardolas – Tu sufocas é porque estás aí com a cara enfiada no edredon e tens as costas destapadas; ainda apanhas alguma pontada com a corrente de ar!
Tininha – Mas não me resignarei…
Sardolas – Eu se fosse a ti não punha era o pescoço tão a jeito porque o pessoal que anda por aí é danado para fatiar carne tenrinha.
Tininha - Podem levar a minha carne mas não me podem trincar a alma.Sardolas - Podes estar descansada, filha, nós também achamos que a carne é fraca, por isso é que apostamos bastante no picante.
... ... ...
Menina Fatinha – Olha lá, vais ficar assim a noite inteira?... Ainda fico toda empenada.
Guarda Abel – O Chefe Sardolas disse-me que tu eras das que precisavas de muito preliminar para começares a gemer…
Menina Fatinha – Olha filho, não tarda quem geme é tu! Julgas que eu sou daquelas da burka, ou quê? Eu fui catequista na Bobadela! Fazes-me uma cócega que seja no lombo e enfio-te com uma flor de lis pelo cu acima.
Guarda Abel – Vocês as católicas lubrificam muito mas combustam pouco.
2 comentários:
caro António, esse guarda Abel é um generalista - o mundo católico é muito vasto. eu cá por mim, punha-o numa devoçãozinha dos cinco primeiros sábados.
esse Abel é um provocador, é o que é!
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