e o nome dele é antónio
Espreguiçátlo Moderno
Tenho pena pelo Pereirinha
Estes últimos dias ficaram marcados pelo desaparecimento de Soljenitsine, o empréstimo do Purovic, as fotografias da caminha imaculada de Maddie, Rodrigues dos Santos preparando o seu novo romance junto de velhinhas ossetas, e uma tendinite na zona do cotovelo que me impediram de dar o devido apoio ao representante português do lançamento do peso, que, de forma sincera, afirmou que nunca devia ter saído da caminha.
Tirando isto doem-me as costas e li o tal das Benevolentes, um romance histórico sobre como levar no cu pode insensibilizar o dedo do gatilho em 900 páginas. É pena o Bomarzo ser um livro que vos vai passar ao lado porque estivestes por certo embasbacadamente distraídos com aquele gaivotar de braços do Phelps; um tipo que inevitavelmente me faz lembrar Purovic; eu inclusive já tive uma secretária assim, mas não usava touca.
Podia já ir-me deitar mas estou indeciso entre isso e aguentar até à triatlada da Vanessa. Entre um epicurismo e um estoicismo eu pendo mais para um bom bacalhau à brás - um prato incrivelmente subvalorizado. As minhas pernas também me estão a pedir caminha; todos temos um lado Pedro Barbosa dentro de nós.
{Rochemback; vai ser um ano muito condicionado por Rochemback e pelos restaurantes que ele venha a frequentar. Eu cá tentava viciá-lo na nouvelle cuisine; ou então pôr-lhe um ex oficial das SS à perna}
Jejumaldo
desfazedor a banhos
Subitamente
Nada
(de Jorge de Sena, final do Relatório, destacado por Sophia de Mello Breyner, em 'Correspondência 1959-1978', ed Guerra & Paz)