A verdadeira instituição de que ainda haveremos de sentir falta é da velha-beata. Isto sim pode perfeitamente desaparecer, e não estamos a produzir substituto à altura. Se hoje os números, por exemplo, apontam para 3 mil padres para 2 milhões praticantes em Portugal, daqui a vinte anos nada sequer semelhante a isso teremos ao nível de velhas-beatas, nem mesmo recorrendo ao terço trangénico. Refira-se desde já que a ‘nova-beata’ não é uma categoria sociológica, pois apenas poderá ser caracterizada ou como uma doença psicológica (está em lista de espera na OMS atrás do heterosexual sem borbulhas nas costas), ou assistente-social-guitarrista no desemprego.
A velha-beata consistiu durante o último século aquele reduto do catolicismo que servia para canalizar todos as acusações de excessos de piedade hipócrita e zelotismo anedótico, constituindo-se assim como uma reserva oficiosa da doença religiosa, género a ejaculação precoce para a perturbação sexual masculina.
Com a extinção deste núcleo de espiritualidade meio murmurada- meio exuberante, perder-se-á assim a ultima grande felina do genuflexório, a última vertebrada do grande pântano da fé.
Este desaparecimento irá forçosamente expor aos inspectores da religiosidade responsável e limpinha modelos que até agora se viam protegidos, como, por exemplo, o policia rezador de terço, os casais que só fodem às quartas quentes, ou mesmo até os bloguistas citadores compulsivos do Abbé Pierre.
Canalizando deste modo a censura para espécimes religiosas habituadas ao sossego e à possibilidade de pecarem sem serem dignos de especial registo, a prática do desporto católico tornar-se-á uma espécie de wrestling social só ao alcance dos exemplares atléticos mais competentes na técnica do quero-que-vocês-todos-se-fodam.
Faço por isso um apelo a que se preservem as velhas-beatas, verdadeiros baluartes do vício religioso, do escrupulismo moral-científico, e criem-se bolsas de viúvos crentes, copuladores ainda saudáveis e com propensão para o arrependimento, a fim de que se mantenha a pujança apostólica desta comunidade, sem recrudescimentos de novas sindi-Câncias, ou outros santos ofícios.
(*) e assim termina um tríptico com o patrocínio da Lipton (Pingo Doce) e da Hoyo de Monterrey (casa Gérard Père et Fils)
A velha-beata consistiu durante o último século aquele reduto do catolicismo que servia para canalizar todos as acusações de excessos de piedade hipócrita e zelotismo anedótico, constituindo-se assim como uma reserva oficiosa da doença religiosa, género a ejaculação precoce para a perturbação sexual masculina.
Com a extinção deste núcleo de espiritualidade meio murmurada- meio exuberante, perder-se-á assim a ultima grande felina do genuflexório, a última vertebrada do grande pântano da fé.
Este desaparecimento irá forçosamente expor aos inspectores da religiosidade responsável e limpinha modelos que até agora se viam protegidos, como, por exemplo, o policia rezador de terço, os casais que só fodem às quartas quentes, ou mesmo até os bloguistas citadores compulsivos do Abbé Pierre.
Canalizando deste modo a censura para espécimes religiosas habituadas ao sossego e à possibilidade de pecarem sem serem dignos de especial registo, a prática do desporto católico tornar-se-á uma espécie de wrestling social só ao alcance dos exemplares atléticos mais competentes na técnica do quero-que-vocês-todos-se-fodam.
Faço por isso um apelo a que se preservem as velhas-beatas, verdadeiros baluartes do vício religioso, do escrupulismo moral-científico, e criem-se bolsas de viúvos crentes, copuladores ainda saudáveis e com propensão para o arrependimento, a fim de que se mantenha a pujança apostólica desta comunidade, sem recrudescimentos de novas sindi-Câncias, ou outros santos ofícios.
(*) e assim termina um tríptico com o patrocínio da Lipton (Pingo Doce) e da Hoyo de Monterrey (casa Gérard Père et Fils)
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