Diz-me com quem calhandras dir-te-ei quem és
Ludovina era o nome da psicanalista da reportagem dois posts infra ilustrada, tinha-me esquecido de dizer. Mulher de fino trato, apesar de nome rusticamente traiçoeiro, mostrava-se profissionalmente brincalhona e atrevida, fazendo suscitar nos inconscientes mais calcinados autênticas cascatas de sinceridade, pelo que acabou implicada numa famosa rede de hipnose ilegal. Esta rede tinha sido montada por um grupo de escritores que não tinha verbas para organizar correntes de escrita, e destinava-se a colocar em semi-transe cabeleireiras, taxistas, porteiras e canalizadores, no intuito de obterem enredos originais para os seus romances, sem necessidade de recurso a quaisquer justificações, plágios ou consultas à wikipédia. Foi assim criada uma bolsa hipnótica (não confundir com a bolha hipnótica em que vivemos espremidos pelas grandes forças furunculares do universo) onde os membros desta corrente se podiam abastecer mediante o depósito de uma pequena caução em esperma ou em baba consoante a glândula que tivessem mais activa. A marosca fora descoberta pois um dos livros, baseado no depoimento onírico duma esteticista de Belas, envolvia um pleonasmo com fofos da citada vila que não se encontravam no prazo de validade. Tendo a asae seguido o rasto do enredo, facilmente chegou ao cenário em que o inconsciente da usurpada esteticista fora forçado até à última migalha: o, agora famoso, boudoir de S. João da Talha. Desmontado o esquema da burla que estuprava os recalcamentos mais íntimos das vítimas, foi com naturalidade que acabou por ser encontrado o local onde se enterrava a bolsa hipnótica, que já apresentava um cheirete a édipos, certamente com para mais de dois meses fora do frio. Ludovina, num acto desesperado, negou tudo e ainda chegou a alegar a eventualidade uma escuta ilegal montada por Gasparzinho, revelando assim grande ingratidão para com quem lhe tinha tratado quase graciosamente de todos os almofadados. E este mais perplexo ainda ficou quando, numa das sessões do julgamento, se deu conta que, enquanto caprichava nos chapitonés dum sofá de orelhas em bombazina, Ludovina verificava os níveis de calcário da Indesit com um canalizador das bandas de Alhandra, preparando-lhe a psique para mais uma sessão de hipnose, mas vindo de baixo.
Ludovina era o nome da psicanalista da reportagem dois posts infra ilustrada, tinha-me esquecido de dizer. Mulher de fino trato, apesar de nome rusticamente traiçoeiro, mostrava-se profissionalmente brincalhona e atrevida, fazendo suscitar nos inconscientes mais calcinados autênticas cascatas de sinceridade, pelo que acabou implicada numa famosa rede de hipnose ilegal. Esta rede tinha sido montada por um grupo de escritores que não tinha verbas para organizar correntes de escrita, e destinava-se a colocar em semi-transe cabeleireiras, taxistas, porteiras e canalizadores, no intuito de obterem enredos originais para os seus romances, sem necessidade de recurso a quaisquer justificações, plágios ou consultas à wikipédia. Foi assim criada uma bolsa hipnótica (não confundir com a bolha hipnótica em que vivemos espremidos pelas grandes forças furunculares do universo) onde os membros desta corrente se podiam abastecer mediante o depósito de uma pequena caução em esperma ou em baba consoante a glândula que tivessem mais activa. A marosca fora descoberta pois um dos livros, baseado no depoimento onírico duma esteticista de Belas, envolvia um pleonasmo com fofos da citada vila que não se encontravam no prazo de validade. Tendo a asae seguido o rasto do enredo, facilmente chegou ao cenário em que o inconsciente da usurpada esteticista fora forçado até à última migalha: o, agora famoso, boudoir de S. João da Talha. Desmontado o esquema da burla que estuprava os recalcamentos mais íntimos das vítimas, foi com naturalidade que acabou por ser encontrado o local onde se enterrava a bolsa hipnótica, que já apresentava um cheirete a édipos, certamente com para mais de dois meses fora do frio. Ludovina, num acto desesperado, negou tudo e ainda chegou a alegar a eventualidade uma escuta ilegal montada por Gasparzinho, revelando assim grande ingratidão para com quem lhe tinha tratado quase graciosamente de todos os almofadados. E este mais perplexo ainda ficou quando, numa das sessões do julgamento, se deu conta que, enquanto caprichava nos chapitonés dum sofá de orelhas em bombazina, Ludovina verificava os níveis de calcário da Indesit com um canalizador das bandas de Alhandra, preparando-lhe a psique para mais uma sessão de hipnose, mas vindo de baixo.
Sem comentários:
Enviar um comentário