E isto tudo porque está aqui a Maria João ao guinchos na televisão com os restos duma árvore de natal guatemalteca espalhados pelo cabelo
Há agora um tema delicodoce para decorar a crise académica de são bento, trata-se de ir falando dos professorinhos que tivemos nos tempos idos do liceu, os que nos marcaram e assim. Ora cá eu – Pedro Nunes, anos 70 (ai credo uma inconfidência) – só me lembro que as professoras se apaixonavam todas por mim, em especial as estagiárias de História, tirando uma morena cujo namorado tinha uma mota Ducati, mas também, na altura, o mais parecido que eu tinha com uma mota eram umas calças de ganga da wrangler; adiante, não era este o tema.
Existem duas formas levianas de abordar a realidade: ser-lhe indiferente ou escarafunchá-la. Os diazinhos que correm demonstram isto à saciedade.
Constato que em relação a Deus se passa um pouco o mesmo. Há também uma justa medida para nos metermos com Deus. A reforma protestante-evangélica veio colar-se um pouco ao ateísmo neste campo: ambos esmiuçam demasiado a divindade, e não largam a peúga ao Redentor e ao Criador; ou é porque disse assim, ou porque disse assado, ou não faz sentido por causa do big bang, ou não faz sentido por causa da linha que une o australopitecus afarensis ao homo habilis , alimentando renhaunhaus do hermenêutico ao geológico, e sem desfrutarem da verdadeira poesia da ‘coisa religiosa’(*) . Enfim, o bom do católico, alegre discípulo dum certo quessefodismo militante, ainda é o que vai garantindo uma sanidade mental equilibrada, que lhe permite compatibilizar um rico cozido à portuguesa na pascoela com uma merda dumas bolachas de água e sal na sexta feira santa, e isto sem precisar de andar a remoer nem no sermão da montanha nem no último livro dum parolo dum astrofísico qualquer, mas enfiando-lhe umas avé-marias no meio para temperar.
Sinceramente, gajo que nunca tenha sonhado que a catequista estava era apanhadinha por ele que até trocava o nome das virtudes cardeais com a turvação, nunca conseguirá encarar a realidade com a dose de ilusão que ela que precisa.
Há agora um tema delicodoce para decorar a crise académica de são bento, trata-se de ir falando dos professorinhos que tivemos nos tempos idos do liceu, os que nos marcaram e assim. Ora cá eu – Pedro Nunes, anos 70 (ai credo uma inconfidência) – só me lembro que as professoras se apaixonavam todas por mim, em especial as estagiárias de História, tirando uma morena cujo namorado tinha uma mota Ducati, mas também, na altura, o mais parecido que eu tinha com uma mota eram umas calças de ganga da wrangler; adiante, não era este o tema.
Existem duas formas levianas de abordar a realidade: ser-lhe indiferente ou escarafunchá-la. Os diazinhos que correm demonstram isto à saciedade.
Constato que em relação a Deus se passa um pouco o mesmo. Há também uma justa medida para nos metermos com Deus. A reforma protestante-evangélica veio colar-se um pouco ao ateísmo neste campo: ambos esmiuçam demasiado a divindade, e não largam a peúga ao Redentor e ao Criador; ou é porque disse assim, ou porque disse assado, ou não faz sentido por causa do big bang, ou não faz sentido por causa da linha que une o australopitecus afarensis ao homo habilis , alimentando renhaunhaus do hermenêutico ao geológico, e sem desfrutarem da verdadeira poesia da ‘coisa religiosa’(*) . Enfim, o bom do católico, alegre discípulo dum certo quessefodismo militante, ainda é o que vai garantindo uma sanidade mental equilibrada, que lhe permite compatibilizar um rico cozido à portuguesa na pascoela com uma merda dumas bolachas de água e sal na sexta feira santa, e isto sem precisar de andar a remoer nem no sermão da montanha nem no último livro dum parolo dum astrofísico qualquer, mas enfiando-lhe umas avé-marias no meio para temperar.
Sinceramente, gajo que nunca tenha sonhado que a catequista estava era apanhadinha por ele que até trocava o nome das virtudes cardeais com a turvação, nunca conseguirá encarar a realidade com a dose de ilusão que ela que precisa.
(*) nota técnica: esta última expressão já foi acrescentada (é mais um sinal dos tempos) domingo de manhã, depois da missa, de onde, já se sabe, qualquer católico vem com aquela sensação de que o mundo ainda tem uma resolução entre o poético e o económico , e, na ânsia de repor a verdade, me cumpre informar que as estagiárias de ciências da natureza também parece que eram uma brasa, mas já apareceram uns anos depois, não pude confirmar.
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