Deus nos livre

Sempre dissemos que éramos uma nação que confiava, e depois se desiludia, demasiado com os sebastianismos. Mas a história recente mostra-nos que não são tanto os sebastianismos que moveram o nosso povo sufragante, e sim antes o que-nos-livraísmo. Soares livrava-nos dos comunistas, Cavaco livrava-nos de Soares, Guterres livrava-nos de Cavaco, Barroso livrava-nos de Guterres, Sócrates livrava-nos de Santana Lopes, Cavaco voltava para nos livrar de Sampaio, enfim…a democracia livrava-nos da grande noite, a CEE livrava-nos da indigência, o diálogo livrava-nos da surdez arrogante, a tanga livrava-nos do pântano, o reformismo livrava-nos do ramram, Os ingleses dos franceses, o Nuno Alvares Pereira dos Espanhóis, O D.Pedro dos absolutistas, o camarão de Espinho dos caracóis, o Rui Veloso dos fadistas, a Mª José Morgado do Pinto da Costa, o salmão fumado do bacalhau em posta, a liberalização livrava-nos do crime, bem, perdi-me.

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