‘Arroja’


‘arroja’ é o nick name dum sujeito chamado Pedro Arroja que escreve num blog de nónimos denominado Blasfémias.

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Ganhou alguma notoriedade por concorrer com Herman José na animação das manhãs na rádio durante os anos 90 socorrendo-se do manancial de piadas que é o pensamento liberal, praticamente tão rico neste campo como os alentejanos, ou os amores interditos entre padres e freiras. (aliás até sugeria que criassem um blog de nome blasfêmeas, só com posts para liberais loiras).

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‘arroja’ aparenta ser rapaz na famosa meia idade, ou seja, já não tem tanta piada como o joão miranda, mas ainda não apresenta aquele encantador ar blaisé do miguel beleza.

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A sua fixação recorrente no cruzamento da temática institucional-religiosa com a ciência política, à primeira vista poderia indiciar a saída prematura dum seminário recôndito e húmido na Beira Interior, ou dum tacho na Congregação para as causas perdidas, contudo, uma análise mais profunda aos seus posts, leva a crer que se trata de verdadeiras revelações dum anjo que trabalha como free lancer por se ter incompatibilizado com a santíssima trindade a propósito do método de cálculo do share das beatificações.

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Outra das suas fixações é um tique muito próprio de economistas que podiam perfeitamente ter sido amestradores de catatuas, mas como eram daltónicos passaram por engano anos a fio a treinar rolinhas, ou seja, toda a realidade se pode resumir a uma necessidade, um recurso, um equilíbrio, duas opções, uma oportunidade e uma ameaça: o povo ou quer milho ou o miolo húmido duma carcaça.

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‘Arroja’ apresenta uma sensibilidade muito particular e fina pelo que a sua profissão deve estar ligada ou à cremação de borboletas ou ao polimento de barcos rabelos em filigrana. No entanto, o seu método de abordar os temas apertando-os até a rosca estar completamente moída, leva a crer que se trata do accionista duma empresa fornecedora de parafusos para o IKEA. Se não mesmo das famosas estrelas da serralharia moderna: as ‘porcas mama’.

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A sua sedução pela utilização do sofisma-mascarado-de-lógica-sem-batata mostra um conhecimento profundo da retórica aristotélica devidamente condimentada do embuste saxónico. Esta combinação produz o famoso anabolizante ‘aristaxónico’, doping frequentemente usado no bilhar às três tabelas por jogadores mais dados ao snooker e com problemas de focagem para além dos 20 cm à sua frente.

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‘Arroja’ é sempre intelectualmente bastante honesto, e faz-me lembrar o sr Santos, que era o merceeiro ali à Rua Poço dos Negros - vai coisa para quase mais de 40 anos - e que me ensinou a cortar fatias de queijo da serra fininhas e enganar a minha avó que só me tinha dado dinheiro para um flamengo manhoso, porque eu não tinha feito a merda dos trabalhos. A contrapartida era a minha avó ir lá à mercearia dar-lhe valentes sermões, porque ele adorava ouvi-la; básico. Ela tinha piada, de facto, o meu avô que o diga. O sr santos acabou por trespassar a mercearia para um pronto a vestir, que eu já não acompanhei tão bem, ou melhor, acompanhei, mas não posso contar.

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‘Arroja’ pondera sempre bem todas as suas frases, articula os pensamentos uns nos outros sem a utilização de neurónios transgénicos, procura as referências bibliográficas sem cair no servilismo documental, e, inclusivamente, chegou a elaborar silogismos nos momentos em que a intuição lhe estava a cair na fraqueza. Mostra portanto um pendor fortemente pedagógico, pelo que, deve certamente ter andado na escola, e nunca abusou das selecções do reader digests em pequenino.

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O grande sonho liberal de ‘arroja’ é ter uma low cost só para ele, e a sua estratégia será decidir os destinos de cada voo já quando os aviões estiverem no ar. Os passageiros que depois não quiserem podem ir saindo à vontade. Chamar-se-ia ‘o livre ar bítrio’. (quem diz pelo bítrio diz pelas portas de segurança)

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