YouTubas bem mas não m’alegras
Desde que esta coisa dos blogs se tornou uma filial do youtube nunca mais se conseguiu dar um passeiozito pela blogaria descansado e descontraído. Ele há um pouco de tudo, mas, basicamente, ninguém quer perder a hipótese de descobrir um achado youtúbico, uma novidade cacaregante. Tenho algumas saudades dos tempos em que as verdadeiras discussões que interessavam eram sobre quem punha e não punha fotografias, quem tinha ou não comentários, quem tinha ou não aldrabado a leitura do Proust, quem usava e abusava ou não dos itálicos, quem citava ou não o Pavese, e depois, até quem impingia ou não uma musiquita. Qualquer dia, em vez de se gozar com o pacheco pereira, ou com a florbela espanca, até haverá gente a pôr vídeos com saraus de ginástica ou entrevistas com o Armando Vara. Falhos de conteúdo, cansados da forma, e obliterados de imaginação, deixámo-nos levar pela ilusão do movimento.
Desde que esta coisa dos blogs se tornou uma filial do youtube nunca mais se conseguiu dar um passeiozito pela blogaria descansado e descontraído. Ele há um pouco de tudo, mas, basicamente, ninguém quer perder a hipótese de descobrir um achado youtúbico, uma novidade cacaregante. Tenho algumas saudades dos tempos em que as verdadeiras discussões que interessavam eram sobre quem punha e não punha fotografias, quem tinha ou não comentários, quem tinha ou não aldrabado a leitura do Proust, quem usava e abusava ou não dos itálicos, quem citava ou não o Pavese, e depois, até quem impingia ou não uma musiquita. Qualquer dia, em vez de se gozar com o pacheco pereira, ou com a florbela espanca, até haverá gente a pôr vídeos com saraus de ginástica ou entrevistas com o Armando Vara. Falhos de conteúdo, cansados da forma, e obliterados de imaginação, deixámo-nos levar pela ilusão do movimento.
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