‘Guy Who Got a Headache and Accidentally Saves the World’ (*) from the dark side of the faith
Leio num blog chamado ‘a vida breve’ que «qualquer fé é uma alternativa à realidade», acrescentando um pouco mais à frente (mas mesmo pouco, pois nem precisou de escrever muito tal a densidade do seu pensamento) que «vive nessa terra de ninguém» que é o «fora do tempo». Estamos perante uma perfeitíssima fusão entre o peter panismo e o forrest gumpismo que, para além de se poder aplicar a tudo, desde a ciência até à culinária passando pelo jogging - basta ver quantos cientistas se terão esquecido de jantar para devolver à humanidade suada o clarão do conhecimento – reforça ainda mais a minha condição de crente que se descobre afinal esvoaçando alegremente num buraco negro desgalaxizado.
A ilusão-atarantada agnóstica ou ateia de que a fé coloca o homem a meio caminho entre o pavimento flutuante e o tecto falso só se pode compreender pela dificuldade que o conhecimento humano terá em distinguir perspectivas e dimensões, e não conseguir vislumbrar num rabo botticceliano a riqueza duma esfera euclideana, e no barulho dos calhaus na maré vazia não conseguir descortinar um timbre bobdylaniano.
Não há nada como pensar arrastando os pés, não a vá a realidade fugir-nos.
Para os agarradinhos à apalpabilidade quando começa o mistério acaba o orgasmo sem sequer passar pela fase dos beijos ardentes.
(*) título de música dos flaming lips’
Leio num blog chamado ‘a vida breve’ que «qualquer fé é uma alternativa à realidade», acrescentando um pouco mais à frente (mas mesmo pouco, pois nem precisou de escrever muito tal a densidade do seu pensamento) que «vive nessa terra de ninguém» que é o «fora do tempo». Estamos perante uma perfeitíssima fusão entre o peter panismo e o forrest gumpismo que, para além de se poder aplicar a tudo, desde a ciência até à culinária passando pelo jogging - basta ver quantos cientistas se terão esquecido de jantar para devolver à humanidade suada o clarão do conhecimento – reforça ainda mais a minha condição de crente que se descobre afinal esvoaçando alegremente num buraco negro desgalaxizado.
A ilusão-atarantada agnóstica ou ateia de que a fé coloca o homem a meio caminho entre o pavimento flutuante e o tecto falso só se pode compreender pela dificuldade que o conhecimento humano terá em distinguir perspectivas e dimensões, e não conseguir vislumbrar num rabo botticceliano a riqueza duma esfera euclideana, e no barulho dos calhaus na maré vazia não conseguir descortinar um timbre bobdylaniano.
Não há nada como pensar arrastando os pés, não a vá a realidade fugir-nos.
Para os agarradinhos à apalpabilidade quando começa o mistério acaba o orgasmo sem sequer passar pela fase dos beijos ardentes.
(*) título de música dos flaming lips’
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