E porra, ninguém fala dos padrinhos, então e os padrinhos!?
A pior acusação que me poderiam fazer era chamarem-me intelectualmente honesto. Palavrazinha de honra, até afinava. Por exemplo, agora só me saem piadas sobre o referendo, do género: «E já agora como é que se despenaliza uma mãe galinha? Escaldando?»; eu sei, isto não é bonito, mas reparem, eu ainda há pouco constatei que durante todo o ano que passou, no caminho de casa para a igreja, e da igreja para casa, eu ia sempre a ouvir os ‘Band of Horses’ e posso confirmar que isso aproximava o meu espírito de Deus, e não foram poucas as vezes em que, na bicha para a comunhão, ia a cantarolar (baixinho porque, reparem, eu frequento a mesma igreja que o nosso césar das neves) uma sacana duma música dos ‘Dirty Pretty Things’ que não me saia da carola. Ora, se no meio disto ainda fosse intelectualmente honesto, género reconhecer que as ‘gajitas do sim’ são mais giras, são sim senhor, isso era péssimo, e assim eu em cada ‘gaja do sim’ vejo a cabeleireira da odete santos ou a dentista da inês pedrosa porque tem mesmo de ser assim, eu sou um ‘gajo do não’, um enjoativo ‘gajo do não’, e é pela dignidade fetal e mainada. Mas tenho de reconhecer que a expressão ‘gaja do sim’ é toda ela mais empolgante que ‘gaja do não’, convenhamos, e isso custa-me, mas temos de ver o outro lado da coisa, basicamente convida-se uma ‘gaja do não’ a ir a qualquer lado e acaba por dar menos despesa, e mesmo no supermercado são muito mais escrupulosas com os prazos de validade e tudo, principalmente com os termómetros por causa dos métodos das temperaturas e assim, valha-me deus que eu nem devia pensar nisto, quanto mais dizer em público, isto é público, não é? Reparem que se me chamassem intelectualmente honesto até estavam a pecar, tanto mais que o vital moreira disse que as mulheres não podem viver sob o ‘tapete da clandestinidade’, ora porra, quer-se dizer, não podemos andar a fazer leis à medida das mulheres a dias! Agora tenho de ir, vai falar o portas e a clara de sousa, porra quem é que lhe pintou os olhos hoje, tu queres ver que foi outra vez a tratadora do oceanário!?
A pior acusação que me poderiam fazer era chamarem-me intelectualmente honesto. Palavrazinha de honra, até afinava. Por exemplo, agora só me saem piadas sobre o referendo, do género: «E já agora como é que se despenaliza uma mãe galinha? Escaldando?»; eu sei, isto não é bonito, mas reparem, eu ainda há pouco constatei que durante todo o ano que passou, no caminho de casa para a igreja, e da igreja para casa, eu ia sempre a ouvir os ‘Band of Horses’ e posso confirmar que isso aproximava o meu espírito de Deus, e não foram poucas as vezes em que, na bicha para a comunhão, ia a cantarolar (baixinho porque, reparem, eu frequento a mesma igreja que o nosso césar das neves) uma sacana duma música dos ‘Dirty Pretty Things’ que não me saia da carola. Ora, se no meio disto ainda fosse intelectualmente honesto, género reconhecer que as ‘gajitas do sim’ são mais giras, são sim senhor, isso era péssimo, e assim eu em cada ‘gaja do sim’ vejo a cabeleireira da odete santos ou a dentista da inês pedrosa porque tem mesmo de ser assim, eu sou um ‘gajo do não’, um enjoativo ‘gajo do não’, e é pela dignidade fetal e mainada. Mas tenho de reconhecer que a expressão ‘gaja do sim’ é toda ela mais empolgante que ‘gaja do não’, convenhamos, e isso custa-me, mas temos de ver o outro lado da coisa, basicamente convida-se uma ‘gaja do não’ a ir a qualquer lado e acaba por dar menos despesa, e mesmo no supermercado são muito mais escrupulosas com os prazos de validade e tudo, principalmente com os termómetros por causa dos métodos das temperaturas e assim, valha-me deus que eu nem devia pensar nisto, quanto mais dizer em público, isto é público, não é? Reparem que se me chamassem intelectualmente honesto até estavam a pecar, tanto mais que o vital moreira disse que as mulheres não podem viver sob o ‘tapete da clandestinidade’, ora porra, quer-se dizer, não podemos andar a fazer leis à medida das mulheres a dias! Agora tenho de ir, vai falar o portas e a clara de sousa, porra quem é que lhe pintou os olhos hoje, tu queres ver que foi outra vez a tratadora do oceanário!?
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