‘portugal é o país em que um gajo vai ao restaurante e pede um bife mal passado e recebe um duro como cornos’ (*)
Sócrates, o grande chefe faz-o-que-tem-que-ser-feito, sabe que pode ser uma daquelas figuras da história que passará ao lado duma grande biografia. Tal como aconteceu ao cavalo de gengis khan, ou ao cabeleireiro do marquês de Pombal, à virilha de Napoleão, ou mesmo o tipo que segurava no saco de enjoo do Cristovão Colombo, há personagens na história que cumprem o seu dever mas que correm o risco de não servirem nem para nota de rodapé, nem mesmo para decorar o teleponto da Barbara Guimarães. Sócrates informou-se junto do drink tank ( ou seja, o think tank depois duma almoçarada bem regada, como já tive aqui ocasião de explicar) e indicaram-lhe que tudo tinha a ver com a combinação de duas coisas chamadas: carisma e sorte. De sorte ele já tinha ouvido falar – era uma sandes mista de sampaio, barrosada com santana – mas agora a tal coisa do ‘carisma’ deixou-o intrigado. Tentou falar com o tipo mais inteligente que conhecia, que era o Constâncio, mas veio desesperado porque ele não tinha a mais pequena ideia da coisa, chegou até a suspeitar que fosse alguma paneleirice estatística do desvio padrão que punha umas ropinhas mais vistosas e transvestia-se de variância à noite; inconformado, chamou o Jorge Coelho, que de certeza já teria ouvido o pacheco pereira falar sobre esse tema, mas ficou desconsolado porque JC lhe disse que Cavaco já tinha esgotado o formato em género magro, e que Soares já tinha esgotado o género em gordo, ele só ainda tinha algumas hipóteses no género corcunda; assim não dava, pensou Sócrates, se deixasse de andar emproado não convencia nem a edite estrela, e antes uma lexicóloga na mão do que dois carismas a voar, e virou-se para o Alegre pensando que dos inimigos poderia sair uma sinceridade inesperada, tendo ouvido um conselho artístico: tens de ter pose de clint eastwood, voz um bocadinho arrastada, dás uma na evasão fiscal e duas nos genéricos, enfim podes ficar parecido com AP Vasconcelos, mas tens boas hipóteses de vir a ter um busto na cinemateca e o Bénard ainda escrever um artigo sobre ti e a gina lolofrígida, perdão lolobrigida; Sócrates começou a baralhar-se todo, pensou inclusive em manter Manuel Pinho até ao final do mandato e assim ficar para a história como o 1º ministro que nos voltou a devolver aos valores sãos e genuínos da terra e da agricultura, um povo de viriatos e amantes de couratos, lembrou-se depois de criar uma arma nova no exército: a Fancaria, e assim Portugal enviaria novamente batalhões de gente pelo mundo, ele seria o novo infante de sagres – que tinha entretanto ganho ao lobi da super bock – e eu já estou perdido neste paleio, mas realmente um tipo esforça-se para ter um 1º ministro com carisma do lombo, assim género ronald reagan com molho berlusconi, e leva sempre com um cabrão dum bitoque embebido em pickes avinagrados tipo genro do motorista do ministro do ambiente do montenegro. Eu cá rebobinava esta merda desde o D. Dinis, e íamos todos fazer picnics para o pinhal de Leiria. E nem falei da mizé nogueria pinto, nem do severiano teixeira. Estou a ficar mole. Salvo seja.
(*) frase acabada de ouvir neste momento por um gajo na sic, mas a expressão ‘como cornos’ é minha; faça-se justiça.
Sócrates, o grande chefe faz-o-que-tem-que-ser-feito, sabe que pode ser uma daquelas figuras da história que passará ao lado duma grande biografia. Tal como aconteceu ao cavalo de gengis khan, ou ao cabeleireiro do marquês de Pombal, à virilha de Napoleão, ou mesmo o tipo que segurava no saco de enjoo do Cristovão Colombo, há personagens na história que cumprem o seu dever mas que correm o risco de não servirem nem para nota de rodapé, nem mesmo para decorar o teleponto da Barbara Guimarães. Sócrates informou-se junto do drink tank ( ou seja, o think tank depois duma almoçarada bem regada, como já tive aqui ocasião de explicar) e indicaram-lhe que tudo tinha a ver com a combinação de duas coisas chamadas: carisma e sorte. De sorte ele já tinha ouvido falar – era uma sandes mista de sampaio, barrosada com santana – mas agora a tal coisa do ‘carisma’ deixou-o intrigado. Tentou falar com o tipo mais inteligente que conhecia, que era o Constâncio, mas veio desesperado porque ele não tinha a mais pequena ideia da coisa, chegou até a suspeitar que fosse alguma paneleirice estatística do desvio padrão que punha umas ropinhas mais vistosas e transvestia-se de variância à noite; inconformado, chamou o Jorge Coelho, que de certeza já teria ouvido o pacheco pereira falar sobre esse tema, mas ficou desconsolado porque JC lhe disse que Cavaco já tinha esgotado o formato em género magro, e que Soares já tinha esgotado o género em gordo, ele só ainda tinha algumas hipóteses no género corcunda; assim não dava, pensou Sócrates, se deixasse de andar emproado não convencia nem a edite estrela, e antes uma lexicóloga na mão do que dois carismas a voar, e virou-se para o Alegre pensando que dos inimigos poderia sair uma sinceridade inesperada, tendo ouvido um conselho artístico: tens de ter pose de clint eastwood, voz um bocadinho arrastada, dás uma na evasão fiscal e duas nos genéricos, enfim podes ficar parecido com AP Vasconcelos, mas tens boas hipóteses de vir a ter um busto na cinemateca e o Bénard ainda escrever um artigo sobre ti e a gina lolofrígida, perdão lolobrigida; Sócrates começou a baralhar-se todo, pensou inclusive em manter Manuel Pinho até ao final do mandato e assim ficar para a história como o 1º ministro que nos voltou a devolver aos valores sãos e genuínos da terra e da agricultura, um povo de viriatos e amantes de couratos, lembrou-se depois de criar uma arma nova no exército: a Fancaria, e assim Portugal enviaria novamente batalhões de gente pelo mundo, ele seria o novo infante de sagres – que tinha entretanto ganho ao lobi da super bock – e eu já estou perdido neste paleio, mas realmente um tipo esforça-se para ter um 1º ministro com carisma do lombo, assim género ronald reagan com molho berlusconi, e leva sempre com um cabrão dum bitoque embebido em pickes avinagrados tipo genro do motorista do ministro do ambiente do montenegro. Eu cá rebobinava esta merda desde o D. Dinis, e íamos todos fazer picnics para o pinhal de Leiria. E nem falei da mizé nogueria pinto, nem do severiano teixeira. Estou a ficar mole. Salvo seja.
(*) frase acabada de ouvir neste momento por um gajo na sic, mas a expressão ‘como cornos’ é minha; faça-se justiça.
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