Arredondando o eu e distribuindo vírgulas sem casas decimais

Já fui casuístico, já fui silogístico, já fui inclusivamente concatenador de vontades e, mesmo nunca tendo deixado de ser quessefodístico nem punheteiro de verdades avulsas, hoje sou cada vez mais coçamascostístico de opiniões avalizadas e vaselinador de interesses.

Aliás, se não, reparem nos temas que trouxeram, ontem, algumas almas dispersas, e vagueantes, até aqui:

‘creme barral’ / ‘eucumenismo’ / ‘luna park’ / ‘filoctetes’ / ‘a percepção estereótipo’

Tornaram-se pessoas melhores, certamente, não desfazendo, claro, nas que, no dia anterior, cá tinham vindo procurar as melhores ‘formas de fazer madeixas’.

Mas isto lembra-me, é, tudo um pouco, a nova forma socialista de governar, combinado com o título do livro do Santana Fantasma Lopes: mais vale uma percepção na mão do que duas realidades a voar.

Actualização: mas hoje as buscas a ‘ferro e tábua de engomar’ também não estão a correr mal.

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