Concerning the kiss file
Basicamente, e tentando o aprofundamento do tema pelas técnicas cruzadas ‘du prochain au distant’ e ‘du familier au inconnu’ ( é francês) , encontro dois tipos de homens face ao erotismo: o homem-abelhinha e o homem-pica-pau.
O homem-abelhinha está vocacionado para polinizar. Por isso, o beijo para ele á algo que surge com naturalidade, o lábio é um constituinte do corpo quase como uma extensão da mão ou da franja, ou vice-versa. Transmite e perpetua mais forte e genuinamente os seus sentimentos por essa via, praticamente bíblica, que é o beijo, seja ele aplicado em que parte for, seja ele recebido da maneira que for, seja qual for a humidade subjacente e/ou envolvente. Todas as outras manifestações clássicas do erotismo já lhe saem com maior artificialismo, o intercourse ( lá está, em estrangeiro é outra loiça) mais parece um motor a dois tempos, a dita autosatisfação põe-lhe a consciência a remoer que nem um passe-vite e o próprio roçar explicito de corpos lhe sai quase sempre como um acto de carteirista desajeitado.
Enquanto isto, o homem-pica-pau nasceu para fornicar; aquilo corre-lhe como quem bebe uma ginginha, qualquer posição parece uma finta do ronaldinho gaucho e tudo resulta num siamezismo abençoado, como se já tivesse nascido de pila coquillé et éjaculatoire (fui ao dicionário , atenção!) . Mas, ao invés, não consegue alcançar o prazer do beijo; ou é do nariz , ou do queixo, ou do céu da boca, sente sempre que estão ali uns órgãos a mais e outros que não há meio de aparecerem, já para nem falar das mãos que parecem degorgés ( soa melhor assim) de canos nas mãos dum pompier. O beijo representa-lhe sempre uma fuga para trás, um «mas isto ao certo serve para quê», sem querer abusar da imagem, é uma espécie de síndroma da Vesícula de Mexia.
Poderia aqui agora tentar discernir as categorias intermédias, nas quais todos no fundo nos encontramos. Mas, para que servem as categorias intermédias, para nos aborrecer certamente. Eu cá acho que sou homem-colibri, o que me resulta uma imagem engraçada apesar de não saber ao certo o que poderá significar.
Basicamente, e tentando o aprofundamento do tema pelas técnicas cruzadas ‘du prochain au distant’ e ‘du familier au inconnu’ ( é francês) , encontro dois tipos de homens face ao erotismo: o homem-abelhinha e o homem-pica-pau.
O homem-abelhinha está vocacionado para polinizar. Por isso, o beijo para ele á algo que surge com naturalidade, o lábio é um constituinte do corpo quase como uma extensão da mão ou da franja, ou vice-versa. Transmite e perpetua mais forte e genuinamente os seus sentimentos por essa via, praticamente bíblica, que é o beijo, seja ele aplicado em que parte for, seja ele recebido da maneira que for, seja qual for a humidade subjacente e/ou envolvente. Todas as outras manifestações clássicas do erotismo já lhe saem com maior artificialismo, o intercourse ( lá está, em estrangeiro é outra loiça) mais parece um motor a dois tempos, a dita autosatisfação põe-lhe a consciência a remoer que nem um passe-vite e o próprio roçar explicito de corpos lhe sai quase sempre como um acto de carteirista desajeitado.
Enquanto isto, o homem-pica-pau nasceu para fornicar; aquilo corre-lhe como quem bebe uma ginginha, qualquer posição parece uma finta do ronaldinho gaucho e tudo resulta num siamezismo abençoado, como se já tivesse nascido de pila coquillé et éjaculatoire (fui ao dicionário , atenção!) . Mas, ao invés, não consegue alcançar o prazer do beijo; ou é do nariz , ou do queixo, ou do céu da boca, sente sempre que estão ali uns órgãos a mais e outros que não há meio de aparecerem, já para nem falar das mãos que parecem degorgés ( soa melhor assim) de canos nas mãos dum pompier. O beijo representa-lhe sempre uma fuga para trás, um «mas isto ao certo serve para quê», sem querer abusar da imagem, é uma espécie de síndroma da Vesícula de Mexia.
Poderia aqui agora tentar discernir as categorias intermédias, nas quais todos no fundo nos encontramos. Mas, para que servem as categorias intermédias, para nos aborrecer certamente. Eu cá acho que sou homem-colibri, o que me resulta uma imagem engraçada apesar de não saber ao certo o que poderá significar.
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