Y ahora umas entradas levezinhas, sans peur de estar cara a cara avec la realité, mas just in case, e para não deixar dúvidas, calling the oxes by the names. O dicionário não ilustrado nas entradas 1132 a 1140.

Proibição de Padres maricas – Todos poderão discutir a escolha, da mesma maneira que eu hoje teimava em chamar raineta a um pêro golden. O supermercado das reclamações está sempre aberto mas felizmente o código de barras tem dono.

Autobiografia da Mª de Filomena Mónica – (Retirado o ligeiro pormenor de não ter lido e de ter prometido à minha mãe que não lia) acho que seria sempre um mero aperitivo para as memórias da Fátinha Felgueiras

Beijinhos lésbicos no recreio – Manifestação de carinho em que a inocência faz de língua, a pouca-vergonha faz de lábio, e a modernidade libertário-hipócrita anda de mão dada com o puritanismo. Cócegas opcionais.

Crucifixos nas escolas – Apesar de Deus nosso Senhor ter dito ao bom ladrão para deixar de catrapiscar o calendário da Pirelli mesmo naquela situação desgraçada, infelizmente este precioso diálogo acabou por não ser destacado por nenhum evangelista.

‘Pulo do Lobo’ – Local que virou metáfora, metáfora que virou redundância, redundância que virou eufemismo, eufemismo que virou banalidade.

‘Super Mário’ – Quando a banda desenhada consegue transformar a força do patético – que a tem - no enjoo caricatural duma espécie de mister magoo em fato macaco

Educação sexual mas escolas – Sofisticado modelo pedagógico baseado na primazia da ecografia em detrimento da apalpação

Estudos sobre aeroportos – Seguindo a velha máxima de que o papel aguenta tudo, nem otam nem desotam. Ou como Almodôvar diria se viesse cá fazer um filme rodado em S. Bento : «Ota-me».

As listas de livros preferidos – Classificar é uma urgência da espécie, hierarquizar uma exigência da nossa condição, e dizer merdas em carreirinha uma necessidade deste dicionário

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