‘We must say of Freud: after him there is only commentary’ (*)
Ao ler Clara F.Alves no Expresso a escrever isto « numa conversa que tive uma vez com George Steiner, queixava-se ele de que a literatura, e o romance como grande arte, tinha deixado de focar e tocar a história do mundo para a poder organizar com a imaginação» lembrei-me logo daquela vez em que eu e o Freud fomos comer uns caracóis ali à Rua da Esperança e em que ele espantado e intrigado por eu não usar os palitos chupando directa e deliciadamente os caracóis da casca, acabou por me dizer à laia de desabafo científico: é por estas e por outras que eu concluo que tive uma infância infeliz e não soube aproveitar devidamente o processo amamentativo ao estar sempre a pensar em como por os palitos ao meu pai.
Ao ler Clara F.Alves no Expresso a escrever isto « numa conversa que tive uma vez com George Steiner, queixava-se ele de que a literatura, e o romance como grande arte, tinha deixado de focar e tocar a história do mundo para a poder organizar com a imaginação» lembrei-me logo daquela vez em que eu e o Freud fomos comer uns caracóis ali à Rua da Esperança e em que ele espantado e intrigado por eu não usar os palitos chupando directa e deliciadamente os caracóis da casca, acabou por me dizer à laia de desabafo científico: é por estas e por outras que eu concluo que tive uma infância infeliz e não soube aproveitar devidamente o processo amamentativo ao estar sempre a pensar em como por os palitos ao meu pai.
(*) in ‘Where shall wisdom be found’ de H. Bloom, pag 240, ed. da Penguin group
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