Para pôr no manjerico
a ver se não murcha

Algumas deambulações teóricas sobre a existência de Deus – agora relativamente desvalorizadas por uma espécie de raquitismo mental, mistura de misticismo com andarilhice pastoralícia - desembocavam nesta extraordinária constatação: o mundo, nós, não parecemos necessários, não se encontra uma razão plausível para existirmos, encaixamo-nos muito melhor como resultado duma vontade expressa, arbitrária para os nossos rasteiros cânones, difícil de definir, mas bem explícita: quem nos quis, saberia o que queria. Mas quanto a nós não sabermos o que queremos, inexplicavelmente também faz parte do mesmo filme. Julgar que sabemos, também. Tudo uns belos fodasses, pois então.

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