No passado dia 23 de Outubro o Azul Cobalto aparentemente terminou uma série de posts intitulados “causa e efeito” ; eram dos textos mais luminosos que se encontravam pela blogosfera (que eu leio, claro) pela qualidade da sua escrita, e pela força e agudeza com que interpelavam quem os lia com olhos de ver (isto está a ficar um bocado manteigoso, mas como ela me parece boa cozinheira certamente saberá o que fazer com tanta manteiga). Hoje então apetece-me escrever isto:
Imitações de causa e efeito #0
ou da presunção do pseudo-ficcionista de fim-se-semana
Um conto que valha a pena tem sempre duas histórias a “seduzirem-se” ou a “provocarem-se” uma à outra, chafurdando ou não; que nunca se devem resolver, mesmo que se encontrem. Acho que cada um depois deve agarrar as duas como se fosse um maníaco por variáveis promíscuas e à solta, fugindo daquele insonso e irritante sinal de igual que não passa dum paramento da causalidade, ou dum paleativo armado em ferrolho. Um conto que tenha uma solução bem esgalhada é como uma equação de vão de escada. Quem quer desfazer contradições do coração, o melhor é medir a tensão; a arterial. Palpita-me. Mas viver na contradição é uma palpitação. Mas isto é outro palpite. E bom apetite. ( isto foi só para rimar)
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