Ainda sobre importância das coisas e as portas que se abrem.
Quando foi da ofensiva no Iraque, o comando militar americano informou a dado momento que as forças americanas já estavam capazes de atacar os “alvos de oportunidade”
Esta estratégia militar reflecte uma situação simultaneamente "precária e interessante".
À falta das “referencias” estáveis e dalguma forma perenes, leva a que nos orientemos cada vez mais por pequenos sinais.
O “momento” passa a concorrer com o “planeamento”.
Esta “gestão” das portas que se abrem e fecham é uma das ambiguidades do nosso tempo. Tempos em que se tem de equilibrar a unidade do ser com a oportunidade do estar. É assim que vamos pesando a importância das coisas.
Não queremos viver nem numa cela, nem numa contínua corrente de ar.
E estou de acordo com o serportuguês : quando vemos uma porta fechada temos mesmo é que a abrir. Como os miúdos. E quando vemos uma porta aberta temos é de espreitar. Como os graúdos.
Ah!...quantas portas abriríamos...se...
“ Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Pra poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes “
de Sofia de Mello Breyner
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