A convicção faz o ladrão



Irrita-me quem tem orgulho nas suas convicções.

Ter convicções está demasiado valorizado. Como está mal visto ter certezas, todos se refugiam nas convicções, que parecem coisa mais nobre e fina.

Claro que sempre temos de viver com algumas; a sobrevivência da espécie com níveis sanidade mental aceitáveis assim o exige.

Mas o que temos é muita tendência para as mimar em excesso, mesmo sem tiques proselitistas que agora todos gostam de evitar, e elas ficam assim como que marcas distintas na nossa alma pensante, crente e séria.

E a quem não tem uma como a nossa, damos-lhe o calor e o carinho da ironia....

Mas adiante. Mau mesmo é ter orgulho nelas.

Não passam, na maior parte das vezes, de intermediárias do pensamento. São dealers de um deus menor.

Vivamos com elas, mas não vivamos delas.

No “final do dia“ geralmente não trazem para casa o “rendimento” que estamos à espera, e depois já estaremos muito cansados para procriar.

...ah ! e Deus geralmente não entra nestes peditórios...

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